Estado Democrático de Direito

imagem: envato

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Para chegarmos ao modelo de Estado que temos hoje, foram necessários vários séculos. Tudo começou com o Estado absoluto, ocasião em que o poder se concentrava na pessoa do rei, soberano e inquestionável em suas decisões autocráticas. Posteriormente, movido por ideais liberais, nasceu o Estado liberal como forma de limitar o poder real. Na sequência, surgiu o Estado social de direito, ocasião em que foram incluídos os direitos sociais, o que não era previsto nos dois modelos anteriores. Após a evolução de todos os anteriores, surge então, o Estado Democrático de Direito.

As democracias modernas trazem consigo o significado de governo do povo, em que o cidadão é o centro do processo e participa efetivamente na tomada de decisões, não mais como cliente consumidor de serviços, mas sim como ativo e participativo. Nessa nova relação do cidadão com o Estado, não se fala de usuário que paga impostos e cobra serviços, mas de cidadãos que vivenciam diuturnamente e não mais esporadicamente em épocas de pleitos eleitorais. O cidadão sai da condição de coadjuvante e se torna ator principal do novo Estado, o Estado Democrático de Direito.

Interessante destacar que o caminho a ser percorrido é mais longo que se fez até aqui. Esta ideia de promover uma rede de cooperação simultânea entre todos é difícil, pois inexiste a cultura da colaboração. Para alcançar esse objetivo do Estado Democrático de Direito, faz-se necessária novas modelagens com políticas éticas e de gestão eficaz, com uma visão sistêmica que contemple o todo e não apenas suas partes e interesses de forma isolada. Todavia, nós, o “povo”, precisamos acordar e cumprir nossa parte, assumindo o nosso espaço enquanto cidadão que respeita o “outro” e as “normas” impostas pela democracia.

A integração plena é o maior de todos os desafios neste modelo de democracia atual. Devemos inverter a lógica do individualismo para o coletivismo e visualizar o processo, onde todos são beneficiados com a estratégia integradora.

Somos mesquinhos ao apontar o cisco no olho dos outros e não enxergamos a trave que temos em nosso próprio olho. Precisamos assumir nossa posição de cidadão e unir a família brasileira em busca do desenvolvimento e construção do futuro próspero, reconhecendo nossa responsabilidade com nosso comportamento cívico, a começar por ações básicas, como respeitar o sinal de trânsito e não jogar lixo nas ruas. Muitos cobram atitudes grandes de políticos e autoridades, sem contudo sequer fazer as pequenas coisas como cidadãos de direito, uma verdadeira deterioração moral.

Quero dirigir-me a cada pessoa que habita neste país, trazendo a necessidade de refletir e reconhecer a importância de nos unirmos como cidadãos de direito e nos motivarmos a mudar, para o bem do novo Brasil.

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