O escolhido foi improvável aos olhos de todo o povo, e de fato, até mesmo aos próprios olhos. Tanto é que só aceitou a missão ao poder contar com seu irmão, Arão. Audiências com o homem mais poderoso do mundo de sua época (faraó), e entre elas, pragas terríveis, devastadoras e humilhantes para os egípcios, governantes e especialmente para os deuses da nação.
Mas “agora” era a hora da verdade. Após conseguir o que tanto pediu, estava ele ali, Moisés o libertador, juntamente com toda a nação de Israel, em frente ao Mar Vermelho. No limite do território do país no qual, até ontem, eram parte.
Enquanto Moisés ouvia os murmuradores dentre os próprios hebreus, talvez ele pensasse: “E agora? Nos fará o Senhor passar sobre as águas?” Melhor que isso, hoje sabemos o que aconteceu. Um novo caminho foi aberto, afinal o nosso Deus é um Senhor de novos caminhos.
O mar se abriu, diante do ato profético de sua vara e mão estendida, e como narra a Palavra de Deus em Êxodo 14, ficaram as águas como muros, à esquerda e à direita, e assim passaram andando em terra seca.
Se não fosse uma história tão conhecida, certamente pareceria um caminho improvável. Mas quem disse que o “Senhor dos novos caminhos” gosta ou precisa de probabilidades? Além de caminhar ali e trilharem até o fim nessa vereda de liberdade, eles também viram o mesmo mar se virar de forma definitiva contra os seus inimigos, matando todos os seus algozes.
E se eu te disser que, assim como praticamente tudo no Antigo Testamento, essa história vivenciada pelo povo hebreu é mais um capítulo do didatismo de Deus acerca do Messias? Sim, mais um sinal daquEle que haveria de vir, o libertador definitivo, o cordeiro perfeito de Deus.
Em Hebreus 10:19 e 12 a Palavra de Deus afirma que: “portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne”. Ele é o vivo, novo e perfeito caminho, sendo definitivo para a nossa libertação.
O mar aberto é mais um episódio que fala e profetiza a respeito da libertação em Jesus e na cruz do calvário. Um sinal de que quando o Senhor quer, sempre haverá um caminho de vida, uma maneira perfeita de tornar livres os filhos a quem Ele ama.
Assim, quando achávamos que o mar de nossas transgressões seria o nosso fim, juntamente com o nosso inimigo à espreita, a cruz abriu esse mar e nos possibilitou um vivo e novo caminho.
Portanto, celebremos a vida, a liberdade, o sacrifício perfeito que cunhou no chão e em nossos corações, uma marca de libertação.
Creia, pois Ele vive!