Tenho certeza que, como pai ou mãe, você está procurando fazer um excelente trabalho, mas nem sempre as coisas saem como esperamos. Talvez você já tenha comprado vários livros de educação de filhos, participado de muitas palestras e ainda não tenha obtido bons resultados. Certamente, tudo que você tem buscado nos últimos dias é uma paternidade saudável.
Gostaria, então, de encorajar, você, pai ou mãe, a não se deixar levar por dois tipos de educação extremista de filhos – a educação permissiva e a autoritária. A primeira contribui para o desenvolvimento de crianças sem limites, com pouca capacidade para lidar com as frustrações que são tão reais na vida. Torna a criança egoísta, e sem responsabilidade no cumprimento de tarefas. A segunda contribui para o desenvolvimento de crianças emocionalmente feridas: nunca são reconhecidos os acertos, mas os erros são severamente punidos. Além disso, na paternidade autoritária, a opinião da criança nunca é levada em consideração e ela é sempre orientada a se manter calada.
Se você é um adulto ferido pelo autoritarismo dos seus pais, muito provavelmente, você será um pai ou mãe permissivo. Por outro lado, se você sofreu por perceber que o caminho da permissividade provocou em você a baixa tolerância à frustração, então a tendência é que você desenvolva uma paternidade autoritária. É importante lembrarmos que Deus nos constituiu pais para sermos autoridade delegada na vida dos nossos filhos. É fato que eles precisam de limites saudáveis – somos a moral e a responsabilidade que eles ainda não possuem, somos a experiência de vida deles. Eles necessitam de alguém para orientá-los. Necessitam também que nossa orientação seja cumprida e, caso não seja, necessitam de repreensão, assim como Senhor repreende a todo aquele a quem Ele ama (Provérbios 3:12).
Temos vivido tempos em que os pais se sentem culpados por estarem ausentes de casa e, por isso, não orientam e não corrigem seus filhos, ou ainda, acham mais cômodo cobrar até o que não ensinou. O resultado disso é o caos moral que temos vivido. Crianças que crescem isoladas, sem a comunhão familiar, sem vínculos afetivos e sem instrução, se tornam adultos que não entendem o valor que a vida possui, são carentes do senso, de identidade e destino. Os filhos anseiam saber o quanto são queridos, amados, bonitos, preciosos. Se eles não se sentirem incluídos dentro do lar, parte verdadeiramente integrante da família, obviamente, procurarão grupos onde se sentirão.
O Senhor nos deixou um “manual” para nossas vidas com toda moral e virtude que precisamos conhecer. A Bíblia fará com que você entenda que tem uma responsabilidade em relação à moral dos seus filhos, à saúde (física, emocional e espiritual) e sobre as habilidades de vida que eles vão desenvolver ao longo dos anos.
Portanto, encare essa missão maravilhosa de ter filhos para a glória de Deus! O resultado com certeza será uma paternidade devidamente equilibrada.