Por que Filho Unigênito?

imagem: envato

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O termo “Filho Unigênito” é frequentemente empregado nas Escrituras para descrever a relação singular entre Jesus Cristo e Deus Pai. Encontrada em passagens como João 3:16, essa expressão carrega implicações profundas para a compreensão da doutrina da Trindade, da encarnação e da redenção. Neste artigo, iremos explorar a riqueza teológica e espiritual contida nesse termo. Detalharemos por que Jesus é referido como o Unigênito e como isso se interliga com os princípios fundamentais da fé cristã.

Em João 3:16, lemos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Vamos analisar a primeira parte desse verso, que diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito […]. Há alguns pontos importantes a serem destacados aqui. Vejamos:

  • O preço da nossa salvação – O amor verdadeiro se sacrifica. Cristo é o presente de Deus Pai para um mundo pecador e necessitado. Ele é o pão do céu para os famintos e a água da vida para os sedentos. Cristo é o Cordeiro substituto para o pecador condenado. Ele é o inestimável presente de Deus para você.
  • O presente de Cristo implica sua encarnação e morte – O amor de Deus revela o preço que Ele pagou pela nossa redenção. Não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que Deus nos comprou. Ele nos comprou com o preço do sangue, o sangue de seu Filho. Deus não levou em conta a nossa dívida, mas a transferiu para Jesus, que foi levado à cruz pelos nossos pecados e pagou a nossa dívida. Ele rasgou o nosso registro de dívidas e proclamou: “Está pago!” Em seguida, Deus transferiu a justiça de Cristo para nós e nos declarou justos.
  • O Pai deu aquele que era um com Ele mesmo – Deus nos deu tudo; Ele nos deu seu Filho, Ele nos deu a si mesmo. O que mais Ele poderia dar? Deus nos amou tanto que deu Seu Filho unigênito (João 3:16). Ele nos amou de tal forma que não poupou nem mesmo o Seu próprio Filho (Romanos 8:32). Ele entregou seu Filho para ser espancado, humilhado, cuspido e crucificado, para que pudéssemos ser perdoados.
  • Como Ele deu Seu Filho unigênito? – Deus enviou Seu Filho para habitar entre os homens. Jesus se humilhou. Ele nasceu em uma manjedoura, cresceu como carpinteiro e morreu na cruz. O Senhor enviou o herdeiro de todas as coisas para uma cidade pobre, para uma família pobre, e Ele, que era rico, se fez pobre, não tendo lugar para descansar a cabeça. O Pai o enviou para viver entre escribas e fariseus, cujos olhos astutos o observavam e cuja língua cruel o difamava. Ele foi enviado para enfrentar fome, sede e viver na mais completa pobreza. Ele foi enviado para ser rejeitado, pisoteado, espancado, humilhado e crucificado. Ele foi dado para se tornar pecado e maldição, para suportar as piores angústias.
  • A cruz não é a causa do amor de Deus, mas o resultado – Deus não nos amou porque Cristo morreu por nós; Cristo morreu por nós, porque Deus nos amou. O amor de Deus é a causa; a cruz é a consequência. Não foi a cruz que gerou o amor de Deus; foi o amor de Deus que trouxe a cruz ao mundo.
  • Quando Deus deu seu Filho unigênito? Ele o deu antes da fundação do mundo – A cruz estava no coração do Pai desde a eternidade. O Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8). Jesus sempre foi o presente de Deus. Sua promessa foi feita no momento da queda do homem. Ao longo dos tempos, o Pai permaneceu fiel à sua promessa. Ele olhou para seu Filho unigênito e viu a cruz. Todos os sacrifícios realizados pelos sacerdotes prefiguravam o fato de que, no momento certo, o Senhor entregaria Seu Filho para morrer em nosso lugar. Até hoje, Deus continua a dar seu Filho. Ele está oferecendo Jesus neste exato momento. A fonte eterna está aberta e jorra como quando foi aberta pela primeira vez. Esse presente é infinito e inesgotável.

Portanto, quando nos perguntamos “Por que Filho unigênito?”, descobrimos que essa designação nos revela a grandeza de Deus, a maravilha da encarnação e a profundidade da redenção. Em Jesus, o Filho único, encontramos a plenitude da revelação Divina e o caminho para nos reconciliarmos com o Pai.

Essa compreensão fortalece a nossa fé e inspira a nossa adoração.

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