Frutifique! O Fruto do Espírito em ação

imagem: envato

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Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. ” (Gálatas 5:22).

O fruto do Espírito, mencionado em Gálatas, capítulo 5, representa um conjunto de nove virtudes essenciais para uma vida cristã autêntica, sendo eles: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

Mas o que é um fruto? Ele é o resultado de um ciclo perfeito da vida de uma árvore, desde a semente na terra, até o seu crescimento e amadurecimento. Ele ainda simboliza a compatibilidade entre o tipo da semente que deu origem e a seiva que corre dentro da árvore. Lembrando que a árvore sempre é reconhecida pelo seu fruto, sendo a representação externa de uma obra interna e um ciclo perfeito.

Não existe um entendimento unânime entre os estudiosos sobre o fato de a palavra “fruto” estar no singular e representar essas nove virtudes, mas uma exemplificação didática que usamos muito nas igrejas é pensar nesse fruto com nove gomos, à semelhança de uma tangerina.

A singularidade do fruto faz pesar sobre nós um diagnóstico e uma responsabilidade. Um diagnóstico de quem habita em nós, que é o próprio Deus, e a responsabilidade de expressar o fruto em sua totalidade, sem preferência por uma ou outra virtude, dado que não temos margem para dizer que somos bons em ter paciência, mas falhos em domínio próprio, por exemplo. Nesse sentido, é cobrado de nós coerência e equilíbrio, em meio a uma geração que, inclusive, clama por um cristianismo coerente com a Palavra de Deus.

É interessante entendermos também o contexto em que a passagem sobre o fruto do Espírito foi escrita e qual o seu objetivo. Vejamos: a carta aos Gálatas foi escrita por Paulo, e é um dos textos mais importantes do Novo Testamento, pois fornece instruções cruciais sobre a vida cristã e a missão da igreja. Logo, ela tem o propósito de levar uma mensagem de instrução sobre os perigos dos conceitos judaizantes que estavam trazendo confusão e discórdia no meio dos crentes e, dessa forma, reforçando as obras da carne, em oposição à vida no Espírito.

Paulo escreve essa carta com o objetivo de levar constância e estabilidade para uma igreja que estava se perdendo nos comportamentos e nos relacionamentos. Vejamos essas duras advertências que o apóstolo fez ao povo, no capítulo 5, versículos 15 e 25: “Mas se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente”. “Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros”.

É pertinente observar que a primeira virtude desse fruto é o amor e as outras são uma variação desta. Enquanto a última, domínio próprio, é como um resumo das outras, pois dominar o ego e ter autocontrole também é uma forma de amar a si mesmo e ao próximo. Essas características comportamentais se encaixam perfeitamente com a mensagem destinada aos Gálatas, trazendo revelações profundas para os dias de hoje, no que diz respeito à conduta e estilo de vida.

Então, conclui-se que o fruto do Espírito é um “combo de virtudes” necessário para que tenhamos uma vida cristã equilibrada. Esses dons nos capacitam a expressar para as pessoas, principalmente aqueles que estão próximos de nós, como familiares, amigos, líderes ou liderados, a verdadeira liberdade, que se opõe às obras da carne e ao pecado.

Além disso, essas não são virtudes provindas do esforço humano, nem há mérito em seus resultados, pois elas são simplesmente uma obra do Espírito Santo em nós, viabilizada pela graça Divina, consequência do nosso relacionamento com Ele.

Portanto, se vivemos no Espírito e na verdadeira liberdade do Espírito Santo, devemos em todo o tempo, expressar essas virtudes, estando sempre em coerência com uma nova vida em Cristo Jesus.

Então, frutifique!

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