André se destaca no Evangelho de João por ter características valiosas de serviço a Deus, especialmente dando exemplo de humildade e altruísmo. Seu nome vem do grego Andreas, que é traduzido frequentemente como viril. Antes, discípulo de João Batista, André demonstrou sua disposição em conhecer a vontade de Deus e seguir a Jesus, inclusive quando Ele é apresentado como o Cordeiro de Deus (João 1:37).
Mesmo que seja frequentemente mencionado após Simão Pedro, seu irmão mais famoso, ele não deixou que o status tirasse o seu propósito em servir. Quando reconheceu a importância do Messias, André conduziu o seu irmão até Jesus.
É interessante a interação de André com Jesus no Evangelho de João, quando ele questiona onde Ele mora e logo em seguida recebe o convite para “ver”. Esse chamado nos impulsiona também nos dias de hoje a buscar um relacionamento mais profundo com Deus.
Além das características já citadas, André também demonstrou fé e prontidão, quando no milagre da alimentação das cinco mil pessoas, ele conseguiu trazer a atenção de Jesus para o menino que tinha apenas cinco pães e dois peixes e, com isso, o grande milagre da multiplicação foi possível.
A liderança de André, apesar de mais sutil do que a de outros discípulos, é evidente, e vemos isso quando um grupo de gregos procurou Filipe para ver Jesus, pois logo Filipe os direcionou até André. Ainda que o seu trabalho não tenha sido explicitado nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, podemos perceber no Evangelho de João a sua participação ativa na cooperação direta com o ministério terreno de Jesus.
O relato bíblico sobre André é sucinto, mas há registros posteriores, como o de Eusébio de Cesaréia, considerado primeiro historiador do Cristianismo, citando Orígenes, que menciona que depois de receber o Espírito Santo, ele foi evangelizar a Cítia, região que hoje corresponde à parte da Turquia, leste europeu e Mongólia, tendo chegado até a região da atual Romênia, Ucrânia e partes da Rússia.
A tradição cristã diz que André foi crucificado em Patras, uma cidade grega, por volta do ano 60 d.C. e que, como Pedro, ele não se achava digno de morrer da mesma maneira que Jesus. Por isso, foi amarrado a uma cruz em forma de X.
Esse discípulo fez o melhor uso da habilidade que conhecemos como “networking”, conectando as pessoas a Jesus. Nós também fomos chamados a servir, assim como foram os discípulos e, por esse motivo, devemos nos dispor a cumprir esse chamado, lembrando o que Paulo diz aos Romanos, no capítulo 11, versículo 36: “Pois d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre!”
Na perspectiva do nosso tema anual “Amar e Servir”, aprendemos com André que a disposição em estar com Cristo deve ser sincera, entendendo que a vida cristã se desenvolve mais puramente longe dos holofotes.
