“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança”. (Salmos 25:14).
Este versículo de Salmos destaca a importância do azeite para manter a lâmpada acesa continuamente, simbolizando a necessidade de manter a luz da fé sempre brilhando com a presença de Deus. O azeite para a lâmpada simboliza a presença do Espírito Santo, essencial para iluminar e guiar a vida do cristão.
Na Bíblia a parábola sobre as dez virgens, contada por Jesus, que descreve um grupo de jovens que aguardava a chegada do noivo para uma celebração de casamento. Todas carregavam lâmpadas, mas apenas cinco tinham azeite suficiente para mantê-las acesas durante a espera. Quando o noivo finalmente chegou, apenas as prudentes, que estavam preparadas com azeite extra, puderam entrar na festa. A parábola ilustra a importância de estarmos sempre vigilantes e preparados para a vinda de Cristo, mantendo a fé e o Espírito sempre renovados em nossas vidas.
É interessante destacar que naquela época, as lamparinas das virgens eram feitas de barro, uma substância frágil, que dependia do azeite para iluminar, cumprindo sua função. Assim também ficamos nós, frágeis sem a presença do Espírito Santo em nossa vida diária, pois ficamos sem a Luz e assim deixamos de viver o nosso propósito. Como nos diz o Salmo: “A Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho.” (Salmos 119:105).
Observe que a história bíblica nos conta que as virgens prudentes prepararam-se com vasilhas de óleo extra, simbolizando uma fé que está atenta e fortalecida diariamente com o Espírito Santo, que traz paz, esperança e amor. Assim elas estavam prontas para qualquer atraso ou desafio, como a espera do noivo. A Palavra de Deus nos orienta: “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança.” (Salmos 25:14).
As virgens prudentes simbolizam uma vida com espaço para o Espírito Santo, que nos prepara com calma, discernimento e força interior para os desafios. Assim, quando o dia difícil chega, aqueles que têm esse “azeite” estão prontos, enquanto aqueles que se ocupam sem Ele ficam sem forças.
Por outro lado, também observamos na história que as virgens insensatas, que não trouxeram azeite suficiente, representam as pessoas que vivem de forma despreparada, sentem falta de paz, não tem alegria e nem esperança, pois não priorizam uma conexão contínua com Deus.
Trazendo a reflexão do azeite para os nossos dias, é importante destacar que ao construir amizades ou relacionamentos, por exemplo, sem a presença de Deus, podemos facilmente nos tornarmos superficiais e frágeis, mas com o azeite da paciência, amor, fé, empatia e perdão, esses relacionamentos crescem e ganham propósito.
Já na nossa vida profissional, podemos até ter “as lamparinas”, um emprego ou posição, mas, sem o azeite, o trabalho se torna vazio e repetitivo, ou seja, muitos têm sucesso material, mas sem a presença de Deus, o vazio permanece.
Dessa forma, quando o nosso azeite está cheio, o Senhor usa a nossa voz para trazer uma Palavra de bálsamo para os que estão angustiados, usa as nossas mãos para abraçar e curar os doentes, os nossos pés para levar esperança e fé além das fronteiras, e os ouvidos para escutarmos aqueles que precisam. “Vocês são a luz do mundo”. (Mateus 5:14).
Outro ponto importante é que a parábola das dez virgens também nos lembra que o tempo da chegada do Noivo é incerto e por isso Jesus nos alerta para estarmos vigilantes e preparados, pois Ele virá no momento inesperado. Dessa forma, buscar esse Noivo é buscar a presença de Deus em cada aspecto da nossa vida. Como diz o salmista: “Deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá o que deseja o teu coração.” (Salmos 37:4).
É interessante destacar que no contexto judaico, os casamentos envolviam grandes celebrações, e o atraso do noivo era comum. Esse atraso serve para nos lembrar que a vinda de Jesus pode ser incerta quanto ao tempo, assim como Ele nos alerta: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.” (Mateus 25:13).
O azeite para a lâmpada nos convida a parar e refletir sobre nossa jornada, principalmente nessa época de final de ano. Assim como as virgens prudentes, este é o momento de olhar para dentro e perguntar: estamos verdadeiramente preparados (as)?
Meu desejo é que, neste último mês do ano de 2024, possamos viver um transbordar do azeite que nos fortalece e nos enche da Presença de Deus e também de esperança, pois somente assim é que poderemos caminhar firmes no propósito que Ele nos confiou.