Você já parou para pensar que nem todo avanço é crescimento? Às vezes, o movimento mais inteligente para o momento é parar, observar e se reposicionar. Essa verdade ecoa nas Escrituras, quando o Senhor nos lembra em Eclesiastes 3:1: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.”
Por isso, líderes e empresários: o crescimento saudável de sua empresa não acontece na pressa nem no atropelo das decisões, mas sim na capacidade de discernir o tempo adequado para cada passo. Parar não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria. Assim como Jesus se retirava para lugares solitários a fim de orar e se renovar, nós também precisamos de pausas estratégicas para alinhar visão, propósito e força da empresa.
É importante lembrar que a busca cega pela velocidade, sem planejamento adequado, costuma gerar o que podemos chamar de “depressão do crescimento”. Em vez de um progresso sólido, cria-se um movimento insustentável, em que as decisões são tomadas sob pressão, sem clareza, e o futuro é trocado por ganhos imediatos.
Nesse cenário, os primeiros a sofrer são os colaboradores, que vivem sob o peso da instabilidade, da sobrecarga e da insegurança. Fornecedores também sentem os impactos, lidando com negociações frágeis e muitas vezes inviáveis. E, por fim, o cliente, aquele que deveria ser o centro de qualquer negócio, percebe a queda na qualidade, a inconsistência no atendimento e a perda da essência da marca. Assim, todos perdem.
É preciso refletir: de que vale crescer rápido se o preço é a própria saúde da empresa? Há um mito perigoso de que velocidade e urgência significam competitividade. Na prática, o verdadeiro valor não está na rapidez, mas na capacidade de sustentar o passo dado, garantindo que cada conquista seja sólida, replicável e benéfica para todos os envolvidos.
Uma boa analogia está nas corridas de longa distância. O corredor que dispara em velocidade máxima nos primeiros quilômetros até pode impressionar quem assiste, mas dificilmente completa a prova. Já o atleta que conhece o seu ritmo, respeita seus limites e sabe quando acelerar e quando respirar é aquele que cruza a linha de chegada.
Da mesma forma, empresas saudáveis entendem que crescer também exige saber parar, refletir e colocar os pés no chão. A sustentabilidade do crescimento não está na pressa, mas na sabedoria de alinhar propósito, estratégia e execução.
Líderes e empresários, essa reflexão é urgente: até onde vocês estão levando as suas organizações com o modelo atual de crescimento? Se a resposta revela um caminho de instabilidade, de estresse coletivo e de desgaste silencioso, é hora de repensar. Diminuir a marcha não é sinal de fraqueza; é demonstração de inteligência estratégica. Somente empresas que cultivam fundamentos sólidos conseguem atravessar crises, sustentar avanços e gerar prosperidade real.
Entenda: no fim, crescimento sem estratégia não é crescimento, é ilusão. O verdadeiro valor está em construir um negócio capaz de gerar frutos duradouros, beneficiando não apenas o empresário, mas também colaboradores, fornecedores e clientes.
Esse é o ciclo virtuoso que garante não apenas resultados no curto prazo, mas legado no longo prazo. Portanto, a minha provocação está feita: você quer apenas correr rápido ou prefere cruzar a linha de chegada com consistência, sustentabilidade e resultados que impactem positivamente todos ao seu redor?