Julho: tempo de renovar as forças!

imagem: envato

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Estamos entrando no mês de julho de 2019. Parece até clichê dizer que o tempo está passando muito rápido, ou que há alguns dias estávamos comemorando a virada do ano, ou por aquela festividade em específico, não é verdade? Mas, na verdade não é. Isso acontece porque nossa percepção do tempo é muito subjetiva e relativa e tem tudo a ver com as nossas memórias, com a realidade do nosso dia-a-dia e a forma com que lidamos com ele. Existem algumas explicações, inclusive científicas, para essa nossa sensação de tempo.

O período de um ano corresponde a 20% (vente por cento) da vida de uma criança de 5 (cinco) anos. No entanto, para uma pessoa de 30 (trinta) anos como eu, o mesmo período não representa mais do que 3,3% (três vírgula três por cento) da minha vida. E essa proporção diminui cada vez mais com o passar da idade.

Soma-se isso à nossa rotina diária. Já parou para pensar como, quando se é uma criança, principalmente em idade escolar, os anos passam tão devagar? Nessa idade, queremos crescer logo e sermos “independentes”, mas parece que está tão longe!

Mas aí, chegamos à maioridade, vem a rotina e nossas responsabilidades. Trabalho, faculdade, pós-graduação, prazos, boletos, filhos, marido, esposa, tudo isso se repetindo dia após dia quase que de forma igual, à medida que menos experiências novas e marcantes são vivenciadas. O tempo começa a passar ‘voando’, na mesma medida em que cada dia repetitivo, cansativo parece ser longo.

Estamos cada vez mais cansados, sobrecarregados e damos menos importância para coisas simples à nossa volta. Ir à igreja, por exemplo, se torna apenas mais uma ‘tarefa’, mais um domingo. Aquela música cantada no louvor é apenas mais uma música entoada dezenas de vezes. Aquela mensagem? Apenas mais uma palavra.

Dedicamos menos tempo à Deus, à nossa família e nos concentramos pouco naquilo que d’Ele recebemos. Com isso a nossa atenção se foca na imensidão de nossas atividades e problemas diários. Nossos dias se tornam maçantes enquanto que a nossa vida passa num piscar de olhos.

Há um Salmo na Bíblia em que Moisés, refletindo sobre a eternidade de Deus e a brevidade e insignificância da vida humana, diz o seguinte:

“Pois, todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro. A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela robustez, chegam a oitenta, o melhor deles é canseira e enfado, pois, passa rapidamente, e nós voamos”. (Salmos 90: 9-10).

Quando estamos nesse estado, sabe do que precisamos? De um renovo. Quando? No tempo que se chama hoje! E para isso, não há nada nem ninguém melhor do que Aquele que é eterno e Senhor do tempo. Isso mesmo, aquele para quem “mil anos são como o dia de ontem que se passou, e como a vigília da noite”. (Salmos 90: 4 e 2 Pedro 3:8).

Ele é o nosso renovo (Jeremias 23: 5, Isaías 11:1, Hebreus 4:9), o nosso descanso e está disponível todos os dias. Meu irmão que está lendo esse editorial, eu não sei como está a sua vida ou como o tempo tem sido duro e pesado para você, mas, saiba que o Senhor de tudo e todos nos disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28).

Talvez você acredite que esteja sem tempo para que algo aconteça na sua vida, ou que está muito em cima da hora para uma resposta ou mudança, mas saiba que, conforme sabiamente leciona C.S. Lewis em um de seus raríssimos registros em áudio: “Deus não está no tempo. Sua vida não consiste em momentos seguidos por outros momentos. Se um bilhão de pessoas oram para Ele às dez e meia da noite, Ele não precisa ouvi-as todas no pequeno instante que chamamos de dez e meia. Dez e meia, ou qualquer outro momento desde a criação ao fim do mundo é sempre o presente para Deus. Para dizer de outra forma, Deus tem toda a eternidade para responder a brevíssima oração de um piloto cujo avião está prestes a cair em chamas”.

Conforme o ensinamento do próprio professor e escritor acima citado, Deus tem uma medida infinita de atenção reservada para todos nós. Ele não nos trata como uma massa. Nós estamos sozinhos na companhia d’Ele como se fôssemos o único ser que ele tivesse criado. Cristo morreu por cada um de nós, individualmente, como se eu ou você fôssemos os únicos homens da Terra.

Ao final desse editorial, gostaria de deixar registrado que meu propósito é que o presente texto seja usado como instrumento de Deus para renovar suas forças e esperanças no meio desses dias difíceis que estamos vivendo. Saiba que apesar de tudo que esteja acontecendo ao seu redor, na sua casa, vizinhança e país, se você esperar e confiar em Deus, um dia chegará à conclusão de que tudo valeu a pena.

Sabe como sei disso? Porque “eis que eu digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados”. (1 Coríntios 15: 51-52).

Quando chegar esse dia, esse glorioso dia, todos esses momentos pelo quais nos fatigamos e choramos se perderão no tempo e na eternidade, assim como uma simples lágrima na chuva.

Portanto, nesse mês de julho aproveite e renove as suas forças em Cristo Jesus!

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