Autoridade é um poder exercido com legitimidade. Pode se referir às pessoas que governam, ao militar, a autoridade médica ou a dos pais. Quem emite a ordem está apto a fazê-lo sob os aspectos hierárquico e moral. O autoritarismo, ao contrário, é uma atitude imposta por conta do alto grau de autoridade sobre outrem, independentemente da legitimidade.
A Bíblia nos diz que toda autoridade foi estabelecida por Deus, por isso, devemos aprender a reconhecer e respeitar as autoridades. Inclusive há na Bíblia vários relatos de castigo para quem assim não o faz. Contudo, a submissão não é ilimitada.
Albert Einstein cunhou a seguinte frase: “O irracional respeito à autoridade é o maior inimigo da verdade.” Um exemplo bárbaro é narrado no Antigo Testamento quando o faraó do Egito determinou que matassem os hebreus recém-nascidos do sexo masculino, o que é típico de autoritarismo e não deve ser cumprido.
Além do livro sagrado, a lei dos homens também estabelece que o subordinado hierárquico não está obrigado a cumprir ordens manifestamente ilegais, e se o fizer poderá arcar com as consequências de seu ato. Portanto, a submissão será legítima, quando emanar de autoridade sem o exercício do autoritarismo, que é ilegítimo.
A verdadeira autoridade está ligada à liderança com postura ética, e é exercida não apenas pelas ordens emanadas de si, mas pelo exemplo. Como dizia o sábio chinês Confúcio, “Não há nada mais contagiante do que o exemplo”. Todavia, estamos vivendo uma crise de autoridade, seja por posturas equivocadas ou por pura omissão.
A Bíblia nos ensina que quando o justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo sofre. Entendo que nós, cristãos, estamos despertando, pois somos sal da terra e luz do mundo, e como embaixadores de Cristo, não devemos nos omitir. Há crimes e pecados cometidos por omissão e quando nos omitimos, deixamos de exercer a autoridade comissionada por Jesus a nós. Martin Luther King disse que lhe incomodava mais o silêncio dos bons do que os gritos dos maus.
Devemos ocupar nosso lugar e assumir a autoridade que nos foi dada, a começar dentro de nossos lares na condição de educadores, pois isso será imprescindível na formação de nossos filhos, em especial na atualidade caótica com características hedonistas, consumistas e materialistas. Pense nisso!