Num rápido pensamento, já podemos perceber o quão real se fazem os momentos altos e baixos ao longo de nossas vidas. Falando de forma mais específica para os homens, sentimos, de modo particular, essas nuances da vida, seja por características de personalidade, pelo papel que nos é imposto pela sociedade, ou ainda pelo fato de termos a consciência da posição espiritual, sobretudo, em nossas famílias.
Podemos ter dificuldades em lidar não só com momentos ruins, mas também de valorizar os momentos bons. Gostaria de refletir sobre alguns aspectos desses tempos de altos e baixos, que podem nos ajudar a entendê-los e a viver melhor esses momentos. Vejamos então:
Separação específica entre momentos bons e ruins: somos acostumados a uma didática mental de dividir rigidamente os períodos em bons e ruins, e isso dificulta nossa percepção de que, em meio às dificuldades, coisas boas podem acontecer , assim como enquanto vivemos bons momentos, acabamos nos deparando com dificuldades que porventura venham a surgir. Em Gênesis 39:3, vemos a história de José, que foi vendido como escravo e depois preso injustamente e, mesmo assim, Deus o fazia prosperar. José se tornou governador do Egito e precisou lidar com a crise das secas no Egito e com a questão de seus irmãos. Eram situações difíceis em que momentos bons se faziam presentes.
Como interpretamos os momentos bons e ruins: me impressiono ao observar pessoas que mesmo em momentos ruins, são capazes de ver grandes oportunidades. Na situação contrária, também me impressiono ao ver pessoas que não conseguem perceber e valorizar os momentos bons. No evangelho de João no capítulo 9, verso 3, acontece a cura de um cego de nascença, realizada por Jesus. Na ocasião, os discípulos interpretaram aquilo como uma situação aparentemente ruim, mas ao questionarem ao Mestre o porquê da situação daquele cego, Cristo destaca aquela circunstância como um momento oportuno para a manifestação da Graça de Deus.
A dinâmica do tempo: nos momentos ruins que parecem se prolongar por um tempo maior, vemos pessoas se perguntando quando essas dificuldades irão acabar, mas vejo também pessoas que em tempos bons estão com medo de que tudo acabe. Com isso, o autor de Eclesiastes, no capítulo 3, verso 4, escreve que há tempo de tristeza e tempo para a alegria. Desse modo, a instrução é para que vivamos e aprendamos com todos os momentos, pois eles certamente passam, mas as experiências ficarão.
Peçamos a Deus entendimento para vivermos com sabedoria tanto os momentos de altos como os baixos e que os seus propósitos sejam cumpridos em nossas vidas.