Neste mês de setembro, a Palavra que eu gostaria de trazer para os leitores da Revista Renascer está relacionada com a passagem de Êxodo 13:3, a qual Moisés relembra o povo que o Senhor, com suas fortes mãos, havia lhes retirado do Egito. Veja:
“E Moisés disse ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o Senhor vos tirou daqui; portanto não comereis pão levedado”. (Êxodo 13:3).
Com base nessa passagem bíblica, a pergunta que eu te convido a fazer é: será que você ainda está como prisioneiro no Egito, embora Deus tenha te tirado de lá com Sua mão poderosa?
Muitas pessoas vivem intimidadas por diversas situações. Alguns sofreram fisicamente, sexualmente, emocionalmente, financeiramente, por maus tratos, injustiças ou abusos.
Entenda: nós somos espírito, temos uma alma e habitamos em um corpo, ou seja, você não é um corpo que por acaso tem um espírito. Eu acredito que os maiores dramas, sobretudo para nós cristãos, acontecem exatamente porque desconhecemos a Palavra de Deus, ou não fazemos questão de aprendê-la.
O aprendizado não é uma tarefa fácil, pois exige tempo, concentração e disciplina. A alma é muitas vezes alimentada, mas o espírito é empobrecido, por não haver ânimo ou desejo para o aprendizado. Se você entender isso, com certeza você irá descobrir que estamos sendo escravos de muitas coisas, das quais já fomos livres. O fato é que estamos respondendo por coisas que não deveríamos responder, e assim, torna-se mais fácil aceitarmos a vitimização.
A Bíblia, em João 8:36 relata o seguinte: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Mas, como eu posso ser livre de verdade? Estar livre do Faraó é uma coisa, mas estar verdadeiramente livre e desapegar-se do Egito é uma outra coisa bem diferente. Muitas pessoas não são mais prisioneiras, no entanto vivem lamentando as perdas e não conseguem se desgrudar das coisas do antigo cativeiro.
Nessa história bíblica, vemos que aquela geração saiu do Egito, mas permaneceu no deserto, onde receberam a orientação e a provisão do Senhor. Mesmo assim, Faraó não foi o grande problema para Israel, mas sim o apego às coisas do Egito. Muitas vezes, caminhamos em rebeldia, pois não queremos obedecer às instruções que recebemos do Senhor.
A pergunta é: você se alegra por tudo aquilo que foi desviado de você? Muitas coisas foram tiradas de nós, porque há o sangue do cordeiro sobre as nossas vidas. Por conta disso, o anjo da morte diz: “não posso tocar!”, e assim descansamos e andamos em paz, não em maldições ou prisões. Pelo sangue derramado na cruz, hoje nós temos vida!
Talvez, você tenha sido prisioneiro (a) de situações ou de pessoas que deveriam lhe guardar ou lhe proteger, desencadeando dessa forma, sentimentos como ódio, desamparo, ira, hostilidade, falta de confiança, dentre outros. O meu conselho para essas pessoas que vivem assim é: cuidado para não reproduzir aquilo que fizeram com você! Não podemos permitir que isso se torne normal em nossas vidas.
O fato é que muitos até foram salvos, mas ainda não foram libertos desses cativeiros das emoções. O que eu quero dizer é que existem muitas pessoas que amam o Senhor e que realmente estão salvas, mas que não estão libertas dos seus cativeiros e o pior, não se dão conta daquilo que está aprisionando suas almas.
Quando somos salvos, nosso espírito é imediatamente recriado e somos novas criaturas. Seu espírito foi salvo quando o sangue foi derramado e quando clamou pelo Senhor no Egito. Deus não espera você consertar o que está errado para te salvar, Ele simplesmente faz isso, sendo nós ainda pecadores. A salvação não é esforço ou mérito nosso, é graça, favor e misericórdia. Saímos do mundo de pecado, simbolizado pelo Egito, não pelo o que fazemos, mas porque o sangue foi derramado em nossas vidas.
Os filhos de Israel tiveram que passar pelo deserto para chegarem na terra prometida. O deserto para o cristão no Novo Testamento é a mente. Em Romanos 12:2 diz que não devemos nos conformar com o mundo, mas que precisamos nos transformar pela renovação da nossa mente. Isso envolve mudança de paradigmas e de pensamento, um novo ajuste e alinhamento, que nos leva a uma nova performance de vida cristã, sem cativeiros.
Se a sua vida e sua mente ainda estão prisioneiras no Egito, com certeza você não irá alcançar as promessas de Deus. A ignorância é destruidora, enquanto que a verdade é libertadora. A Palavra faz toda a diferença!
Dessa forma, precisamos da instrução do Senhor, pois a Palavra é lâmpada, instrução, correção e o caminho que te conduzirá a uma vida liberta das prisões.
Portanto, nesse momento, te convido a se libertar do cativeiro e a viver uma vida mais leve, com base nas instruções deixadas pelo Senhor.
Desfrute da vida com liberdade em Cristo Jesus e viva em paz!
Deus te abençoe!