“Florescer” foi o tema do Congresso Transformadas, realizado na sede da Igreja Batista Renascer, em outubro. Florescimento envolve o grupo de palavras ligadas a novos ciclos, descobertas e estações. A equipe da Revista Renascer realizou entrevistas exclusivas com as preletoras do evento, Viviane Martinello e Márcia Barros, ambas com experiência na pregação e ensino para mulheres. Confira a entrevista em que elas falam sobre as características essenciais daquelas que estão verdadeiramente plantadas e conectadas à Árvore verdadeira.
Como podemos descrever o processo de florescimento de mulheres?
Viviane Martinello: O ato de florescer indica uma mulher que respeitou os processos de raízes, a sua estação e o seu tempo. Toda árvore que floresce possui o sistema de raízes profundas e vive o que precisa viver dentro de cada estação. Para mim, a mulher que floresce sabe quem é, e identifica o lugar que deve ou não estar.
Márcia Barros: Quando falamos em florescer, geralmente pensamos em crescimento e beleza, mas nem sempre é assim. Muitas vezes, somos escolhidas para florescer no deserto. Quando ouvimos sobre o florescer, já imaginamos lindos jardins. No entanto, muitas vezes floresceremos em terrenos pedregosos e secos.
Existem atitudes que ajudam a desenvolver esse processo de crescimento?
Viviane Martinello: Uma flor não floresce por ela mesma. Raízes se relacionam com a vivência de um lugar secreto e de escuro, ou seja, o lugar que ninguém vê. Uma mulher que floresce é uma mulher que tem raízes no Senhor. Ela tem quarto fechado, intimidade e vida com Deus.
Márcia Barros: Em Eclesiastes, lemos que o coração do sábio sabe discernir o tempo e o modo de todas as coisas. Se estamos florescendo, significa que também somos mais sábias. Mas, no inverno, quando pensamos que não há mais solução, a sabedoria é o portal que nos coloca dentro de uma nova visão, pois ela traz o discernimento, o conhecimento, a prudência e a sensatez. Nós somos mulheres sábias e precisamos buscar por mais sabedoria, para florescer em qualquer estação. O que faz a gente florescer é a água da vida, que é Jesus.
Quais são os sinais observados na vida de uma mulher que está florescendo?
Viviane Martinello: Eu acredito que o relacionamento com Deus é a base de tudo. Muitas vezes, não temos a construção, porque não temos o fundamento. Conhecer a si mesma e ao Senhor, tendo uma vida de intimidade com Ele, para mim é a base de todas as coisas. Seja no ministério ou em casa, sendo esposa, mãe ou o que for, a base é o Senhor.
Márcia Barros: O nosso lar não mente, precisamos primeiro ser esse alguém dentro de nossa casa. Precisamos viver o Evangelho dentro de nosso lar, é exatamente esse viver que se expressa pelo servir ao nosso esposo, educar os nossos filhos e seguir o que a Palavra de Deus nos instrui. No Grande Dia, o Senhor não vai querer saber quantas conferências e entrevistas que eu dei, mas o que fiz com meus filhos, como me submeti e honrei ao meu esposo, pois o nosso lar é o nosso laboratório. Precisamos viver o Evangelho puro e simples, como Jesus nos chama a viver, dentro de casa. Assim, poderemos chegar no Grande Dia e ouvir “serva boa e fiel”, é isso que me move.
Qual a mensagem que gostaria de comunicar para as nossas leitoras?
Viviane Martinello: Eu não imaginei que eu teria essas flores. Eu era um caule verde e seco. Mas, Deus me plantou n’Ele e me escondeu. Eu me permiti passar pelos processos e ser tocada por Ele. O Evangelho é um renascer de segundas chances. Jesus mudou tudo e restituiu todas as coisas! As segundas chances estão disponíveis, portanto, não desista de você, porque Deus não irá desistir.
Márcia Barros: Temos sido visitadas pelo Senhor de uma forma muito poderosa. No entanto, precisamos atender a esse convite. Ele nos chama para viver o extraordinário, para nos empoderar de fato. Quando o poder do Espírito Santo desce sobre nós, é Ele que nos capacita. É possível transpormos dificuldades e desafios, olhando para Jesus, sabendo que Ele é a seiva e a Água da vida. Precisamos permanecer no Senhor, pois apenas dessa forma floresceremos.
