Como qualquer pessoa, nós homens temos qualidades e defeitos que, no decorrer do tempo e das relações interpessoais, vão esculpindo a nossa personalidade e nossos hábitos dentro da sociedade. Conforme vamos amadurecendo, os nossos comportamentos passam por uma espécie de “sintonia fina”, que nos dita, impreterivelmente, como vamos reagir aos estímulos que sofremos no cotidiano de cada fase da vida.
A verdade é que a cada fase da vida de um homem que procura se tornar um ser humano melhor e mais influenciador de seus pares, passará por Jesus Cristo, pois é através dessa aproximação que haverá a transformação da água em vinho. Dessa forma, a maturidade tão perseguida e esperada por muitos homens chegará de forma mais rápida e efetiva apenas quando ele entender a importância de Cristo na sua vida.
No entanto, muitos homens, mesmo depois do encontro genuíno com Cristo, apresentam uma séria dificuldade que muitos insistem em manter escondido nos becos escuros da mente e dos comportamentos. Trata-se da capacidade de expor os sentimentos e afetos, e consequentemente, muitos dizem: conselhos para que?
É de se estranhar que homens psicologicamente saudáveis e adeptos ao Evangelho de Cristo e de sua redentora Palavra de Deus, cercados por seus familiares e toda congregação dos Santos, homens inteligentes e de ótima cognição, frequentadores das mais altas rodas da sociedade, detentores de altos cargos em empresas, empreendedores, formadores de opinião, e também homens simples do povo, de berços ricos ou pobres e diferente faixas etárias, não conseguem expor as suas dificuldades e muito menos pedir conselhos.
Todos esses homens são vitimados pelo mesmo mal de camuflar os seus reais sentimentos e dificuldades internas, demonstrando domínio das rédeas de suas vidas, estando sempre prontos para ajudar, no entanto, jamais pedem ajuda. Muitos até pensam que fazem parte somente da solução dos problemas e nunca fazem parte do problema em si. Infelizmente, esse é um mal que atravessa décadas e que não respeita nem o tempo e nem a geografia.
Diferente das mulheres que desde crianças são estimuladas a demonstrarem suas emoções, e que fazem parte das diferenciações que Deus deu a elas, nós homens caminhamos na direção contrária, pois fomos instruídos a abafar tais manifestações desde bebês. Há um receio de demonstrar alguma “fraqueza” que possa manchar a nossa reputação para nossos pares e principalmente para o sexo oposto.
Assim, vamos acumulando emoções que deveriam ser colocadas à mesa. Frustrações, decepções, medos, anseios, dúvidas, traumas e sonhos, sendo que com o tempo, isso nos adoece pouco a pouco, e em algum momento, não será mais possível silenciá-la.
A verdade é que a famosa frase: “homem não chora” tem gerado muita dor para toda sociedade, que vê vidas masculinas sendo comprometidas e até perdidas pela falta do hábito de um homem sentar com outro homem e falar de assuntos que foram há muito, subestimados, e que agora impedem o avanço, a vitória e a evolução.
Portanto, conclamo a você homem, meu irmão, a não fazer mais parte dessa estatística maligna. Não sofra calado se disfarçando de homem feliz. Busque ajuda! Junte a sua “fraqueza” com as nossas e vamos falar do assunto. Falaremos, choraremos e sangraremos juntos. Mas, ao final, sairemos vencedores e mais conscientes de nós mesmos, tendo a plena convicção de que o homem precisa de Deus mais do que nunca para viver.
Assim, você membro da Igreja Batista Renascer, quero te convidar a procurar o Ministério de Homens, os Líderes da UDF – Universidade da Família, os Presbíteros, Pastores, Ministério de Casais, ou acionar de forma anônima àquele que te deixa mais seguro. Entenda que você não deixará de ser um homem valoroso, só porque pediu ajuda. O homem que não chora, tem um alto potencial de fazer todos à sua volta chorarem.
“Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança.” (Provérbios 11:14).
