A pandemia trazida pelo Covid-19 acabou, mas as consequências são imensuráveis. Dentre elas, é possível observar que nossas casas se tornaram mais tecnológicas – devido às aulas online e trabalhos no formato home office. Foi necessário que estivéssemos melhor equipados para nos adequar às necessidades daquele momento. Com isso, notebooks, smartphones, aparelhos de ar-condicionado e smart tv’s são exemplos de investimentos que muitas famílias fizeram. No entanto, além de tecnológicas, nossas casas se tornaram uma espécie de ambiente ideal para o isolamento – não mais o isolamento por temer uma contaminação, mas um isolamento de quem não sente mais a necessidade de viver em comunhão, de interagir.
Dessa forma, a interação social de muitas pessoas foi severamente rebaixada, sendo que as crianças e, especialmente os adolescentes, passaram a apresentar uma maior resistência a estar em grupos, a voltar a se relacionar e, consequentemente, a participar de comunidades como a igreja.
Nos últimos meses algo me chamou a atenção – ao conversar com adolescentes, percebi que muitos deles não queriam deixar o conforto dos seus quartos para participar das atividades que são próprias para adolescentes na igreja. Eles não entendiam a necessidade de congregar. E mais, a grande parte dos seus amigos são virtuais, jamais se encontraram presencialmente. Eles dizem que conviver com as pessoas “dá muito trabalho” e que é melhor só encontrar, mesmo que apenas virtualmente, com os amigos quem têm o mesmo gosto por jogos, a mesma linguagem e interesses.
A verdade é que nós, pais, criamos um ambiente tão confortável em nossas casas que agora impede nossos filhos de desenvolver habilidades sociais (como a comunicação e a civilidade) e de estar em comunhão com a igreja. Se os seus filhos estão relutantes em congregar, este deve ser um sinal de alerta. Nossos filhos não estão isentos de cumprir o que a Palavra de Deus nos ensina em Hebreus 10:25 – “não deixemos de nos reunir como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia”.
Portanto, precisamos pedir ao Espírito Santo que nos dê discernimento para não sermos apenas bons para os filhos, realizando os desejos deles, mas que, em vez disso, possamos cumprir a Palavra de Deus, dando orientação, corrigindo e conduzindo-os no caminho em que eles devem andar.
Deus te abençoe!