Vivemos em um tempo em que a modernidade líquida revela a fragilidade dos laços humanos – o amor tornou-se líquido, como é descrito por Zigmunt Bauman, um dos sociólogos mais respeitados da atualidade. O amor líquido faz alusão a uma substância que espalha por toda direção, sem a menor necessidade de se fixar ou chegar a um destino, ou seja, ao relacionar-se, a humanidade não tem como objetivo firmar um laço.
O amor, outrora cantado nas canções populares ou declarado em forma de poesias, passou a ser mais falado do que experimentado, e as relações tal como os produtos não são “feitos” para durar. Muito se fala sobre o amor, porém os atributos do amor como zelo, dedicação, afeição intensa, lealdade, cortesia, são pouco explorados.
A Palavra de Deus nos ensina como deve ser o amor entre o casal – o homem que se entrega e ama sua esposa, assim como Cristo fez pela Igreja, e uma mulher que se submete ao seu marido dando-lhe honra e respeito como ao Senhor.
Há um grande contraste entre as relações contemporâneas e a orientação de Deus para o casal. Em Eclesiastes 4:9-12 nos é oferecida uma fórmula infalível: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”.
A mulher fora criada para resolver o primeiro conflito da criação quando Deus constata que não é bom que o homem esteja só e, em Eclesiastes, Deus descreve motivos para não estar só, demonstrando a força de um casal, que não está empenhado em ser feliz, mas em fazer o outro feliz e em servir em vez de ser servido.
Além disso, nos é apresentado que um cordão de três dobras não se quebra tão depressa. Quando nos casamos, firmamos um compromisso perante Deus e os homens e, ainda mais que isso, convidamos o Senhor para essa aliança, fazendo votos de honra e fidelidade. Desta maneira, formamos o cordão de três dobras – homem, mulher e Deus. Um cordão forte que, segundo Salomão, oferecerá recursos suficientes para resistir às dificuldades da vida.
A liquidez do relacionamento contemporâneo se choca com a rígida estrutura do relacionamento baseado nas estruturas incorruptíveis que a Palavra de Deus nos oferece. Ao refletirmos sobre o motivo de alguns casais terem casamentos saudáveis e outros não, sempre vamos nos deparar com o quanto cada cônjuge está disposto a se entregar em favor do outro.
Pessoas focadas apenas em sua própria felicidade e bem-estar terão dificuldade em se entregar pelo outro. O casamento requer amor sacrificial, colocando as necessidades do parceiro à frente das suas, cuidando para que não se perca no caminho e mantenha o propósito de servir a Deus.
Desde a criação, o casamento é um propósito de Deus na terra, e ao longo da Bíblia, encontramos histórias familiares que destacam a importância que Deus atribui aos laços familiares e à hierarquia do lar. Portanto, devemos manter o nosso foco no Autor e Consumador de nossa fé, e livrar-nos de qualquer ideia falsa que distorça a nossa compreensão da maravilhosa bênção de fazer parte de um cordão que não se rompe facilmente.
Assim, convidamos você a buscar o Senhor em favor de sua família. Ele é a fonte de tudo o que você precisa; não há nada que falte em você ou em sua família que já não exista n’Ele. Por isso, o Senhor deseja ajudá-lo com as ferramentas e estratégias que o conduzirão a dias cheios de graça na terra, em união com sua família. Mesmo que você tenha falhado até aqui, não é tarde demais. Chame pelo Santo e poderoso nome do Senhor, e Ele se aproximará de você, ajustará seus caminhos e o guiará em direção ao propósito que Ele planejou para você e sua família.
