Quem não deseja olhar para a sua imagem no espelho e sentir-se bem consigo mesmo? Cabelo, roupas, sapatos… A composição de um look passa por diferentes escolhas, que nem sempre são feitas com assertividade e segurança. Guarda-roupa cheio não é sinal que ele é funcional! Por isso, são fundamentais algumas estratégias de planejamento e perguntas-chave que auxiliam na comunicação da sua verdadeira essência. Para essa edição, conversamos com Lu Moreira (@lumoreiraconsultoria), consultora de imagem com experiência em estilo e marca pessoal há 20 anos. Você vai aprender sobre organização, autoimagem e como fazer boas escolhas no momento de revelar a sua melhor versão.
Por que investir em uma consultoria de imagem?
Eu gosto muito de falar de um principal objetivo, que é o de comunicar externamente para o mundo todos os dias. Por isso, foco nas melhores características de uma pessoa. Costumo dizer que é “revelar o brilho dela para o mundo”. No processo de consultoria, acontece algo como a lapidação de um diamante, que vai se transformando para no final, ter o seu valor reconhecido.
Como a imagem pode ajudar a refletir a nossa personalidade?
O processo de consultoria de imagem não pode ser feito de um modo que desrespeite o estilo próprio de uma pessoa e o que ela possui de mais autêntico. Isso não apenas quebra completamente o objetivo principal, como pode causar distorções na autoimagem e nas emoções de alguém. Se for bem feito, esse alinhamento pode até ser terapêutico. A forma como eu trabalho é muito voltada para a conexão entre o lado interno e externo. Assim, a comunicação visual se torna mais estratégica e contribui para uma autoestima elevada.
Qual é o papel da autoimagem nesse processo?
Muitas vezes, ela pode ter sido distorcida ao longo da vida. Por exemplo, alguém pode ter ouvido no passado algo que a machucou e que a fez acreditar que é “feia” ou outras palavras que a fazem sentir-se diminuída. Por isso, é preciso fazer correções no processo para que a pessoa passe a se olhar com carinho diante do espelho.
Como podemos definir o que é “estilo”?
Na verdade, o estilo é a tradução da personalidade em forma de elementos visuais. Pode ser por meio da repetição de cores, estampas ou de outros elementos que apareçam com frequência em nosso dia-a-dia. O estilo é a principal ferramenta de tradução da personalidade em nossa imagem. Essa comunicação não pode ser baseada em um “eu idealizado” ou no que queremos que o outro veja em nós, mas deve ser conduzida com muita verdade e naquilo que realmente temos.
Se vestir bem é sinônimo de gastar muito ou de ter muitas peças?
De jeito nenhum! É possível ter poucas peças e fazer com que gerem composições diferentes e interessantes. Mas, para isso, é preciso ter um bom planejamento ao invés de comprar as “peças que piscam” para você. Assim, é indispensável ter uma boa gestão do guarda-roupa, com peças que ajudam a multiplicar os looks. Não será preciso gastar muito, mas investir bem em sua imagem.
Existem perguntas que podemos fazer antes de decidir comprar uma peça?
Tenha uma lista do que o seu guarda-roupa precisa e se pergunte: essa peça é a que eu mais preciso nesse momento? Essa peça “conversa” com as peças que eu já tenho? Verifique também se a peça é de boa qualidade! Além disso, tenho uma técnica que se chama “guarda-roupa cinema”, em que sugiro uma proporção de peças “estrelas”, “coadjuvantes” e as “figurantes”, essas são boas estratégias iniciais.
Quais são as principais dicas para quem deseja aprender a identificar o seu estilo?
Para começar, uma dica simples que dou é para que ache o “xodó” do seu guarda-roupa, ou seja, aquela composição que você poderia usar todos os dias. Aquilo que você mais ama no seu armário. Depois, comece a analisar as características — cores, formas, texturas — e perceba o que refletem sobre você. Alegria, tristeza, extravagância… o que essas peças comunicam? Assim, você já começa a identificar os elementos do seu estilo. Na minha consultoria, uso nove estilos de base para identificar o seu! Porque estilo não se cria, mas se descobre.