Vivemos um momento de pandemia e muitos podem achar que o mundo está acabando e que Deus não está mais cuidando do seu povo. Negativo! Ele está cuidando de todas as coisas, por isso apenas creia! Esse texto em formato de testemunho, servirá para você como uma forma de encorajamento. Meu desejo é que ao ler, você possa acreditar que Jesus de Nazaré ainda faz milagres.
Meu nome é Vinicius, sou pai do Pedro, da Gabriela e da Julia. O meu testemunho começa ano de 2019, que já foi um ano bem complicado por vários motivos, mas em 2020 fui diagnosticado com câncer no estômago e intestino, e segundo os médicos, eu teria que fazer uma cirurgia chamada Gastrectomia, ou seja, seria necessário a retirada do meu estômago e eu iria passar a viver a base de alimentos líquidos e pastosos.
Os médicos me explicaram ainda que a primeira cirurgia seria no intestino, para a retirada do câncer nesse órgão, depois seria realizada a Gastrectomia, que é uma cirurgia muito agressiva, e por isso, seria preciso fazer a quimioterapia primeiro para tentar diminuir o câncer do meu estômago.
No dia 20 de fevereiro de 2020, tive uma hemorragia muito violenta e achei até que o meu estômago tinha estourado. Foi nesse momento que dei a minha primeira parada cardíaca, mas logo os médicos me reanimaram e me levaram para a UTI, onde passei a noite.
No dia 21 de fevereiro, uns dos piores dias da minha vida, o médico me comunicou que não havia conseguido controlar a hemorragia e colocaram uma sonda no meu estômago, mas mesmo assim, a situação estava incontrolável, havia uma bolsa de sangue para me manter vivo. Ele me perguntou ainda em quanto tempo a mãe dos meus filhos e eles conseguiriam chegar no hospital.
Morávamos em Bruxelas na Bélgica e respondi ao médico que considerando o trânsito, provavelmente eles chegariam em duas horas. Naquele momento ele olhou para mim e disse “Vinícius, você tem apenas 45 minutos de vida!” E eu te pergunto: o que dá para fazer em 45 minutos? Você consegue se despedir da sua família? Foi exatamente o tempo que o médico me deu.
Então, liguei para a mãe dos meus filhos, e ela, em choro, trouxe meus filhos para mim. Foi a primeira vez que eu tive que me despedir dos meus filhos, para a morte. Nesse dia, vivi e me despedi de todos nesse pouco tempo. Recebi 250 visitas. Graças a Deus, sou uma pessoa querida, o médico chegou a perguntar se eu era uma pessoa famosa, pois nunca tinha visto tanta gente visitar alguém na UTI assim.
Um dos meus amigos que foi me visitar, me perguntou o queria que fizessem com o meu corpo. Se mandavam para o Brasil, ou se seria velado na Bélgica mesmo, com o crematório. Naquele dia 21 de fevereiro, minha família no Brasil fez uma vídeo chamada comigo, colocou na televisão, e assim eu me despedi de todos. No entanto, ainda faltava a minha filha que morava no Brasil e que estava a caminho.
Passaram os tais 45 minutos, veio a noite e eu fiquei sozinho naquela UTI, eu, Deus e a morte, que pairava ali naquele lugar. Eu podia sentir a morte querendo me levar. Os médicos olhavam para mim e nada conseguiam fazer. O dia amanheceu e minha filha chegou.
Minha filha Isabella chegou e cantou para mim na UTI assim: “Se Deus fizer, Ele é Deus, se não fizer, Ele continua sendo Deus”. Foi um momento único na minha vida. Interessante que no meio da tribulação, Deus levanta pessoas para estarem com a gente. Ele levantou a minha filha e minha irmã Janaína, que conseguiu me levar para outro hospital, pois aquele não podia fazer mais nada por mim. Então foi nesse momento que aconteceu a terceira hemorragia.
Nessa terceira hemorragia, a médica falou para mim que eu havia perdido quase todo o sangue do corpo e morrido por quatro minutos, mas Deus levantou uma médica chamada Emanuelle para não desistir de mim. Ela me ressuscitou mais uma vez, pois pela terceira vez eu já tinha morrido, e os tais 45 minutos já tinham ido para longe.
Me levaram então para a sala de cirurgia, fizeram a Gastrectomia e tiraram 80% do meu estômago. Depois disso, fiquei na UTI por 57 dias, sem colocar uma gota de água e nem comida dentro da boca. Eu ficava com vários cateteres venosos espalhados pelo meu corpo. Para completar, durante esse período, fui acometido com um soluço. Simples, não é? Um soluço! Mas um soluço depois de uma cirurgia e de toda a situação a qual eu passei, sendo entubado e passando de 76 quilos para 46, ter um soluço direto por 3 dias é terrível.
Foi então que o médico me disse que o câncer tinha avançado um pouco mais, e estava no meu pulmão e esôfago, e por isso, enquanto não eu não fizesse a quimioterapia, eles não iriam conseguir controlar o soluço.
Eu não estava aguentando mais, há três dias soluçando sem parar. Estava no meu limite total. Já tinha despedido dos meus filhos e da minha família e tudo de ruim havia acontecido na minha vida, foi então que decidi pelo suicídio.
Descobri a única janela que me cabia naquele sétimo andar do hospital, peguei uma tesoura com todos aqueles medicamentos que estavam ligados em mim, fui até aquela janela e o pus do meu corpo começou a vazar devido a infecção. Tinha bolsas e pontos abertos da cirurgia que tinham feito em mim, e mesmo assim, eu subi na janela, era mais ou menos um metro e meio de altura. Coloquei umas caixas, subi, cortei todos os tubos que estavam ligados a mim e o sangue começou a correr. Perdi aproximadamente três litros de sangue e a sala virou uma sala de terror. Foi então que Jesus falou forte em meu coração: “Vinícius, está difícil? Se fizer isso vai piorar cem vezes mais, pois você vai direto para o inferno”.
Naquele momento, eu agradeci a Deus, porque eu conhecia a Cristo. Entendi que não é porque Jesus estava em silêncio que Ele não estava trabalhando, pelo contrário, o Senhor não para. Então, eu desci daquela janela, e um psicólogo veio conversar comigo. Pedi a ele que me ajudasse com o soluço que estava acabando comigo, e ele disse assim: “Vou fazer o impossível!” E foi assim que ele descobriu um coquetel e amanheci sem soluço, graças a Deus!
Depois de quase quatro meses no hospital, o oncologista foi me examinar e me disse o seguinte: “Vinicius, o câncer alastrou, não está mais só no seu estômago, no esôfago, no seu pulmão, no seu intestino, ele está agora nos seus rins e coluna, e infelizmente ele foi também para o sangue, por isso você hoje é um paciente paliativo”.
Para quem não sabe, um paciente paliativo é um paciente condenado a morte, não existe mais cura. Quando eu achei que eu já tinha passado por tudo, o médico falou para mim que eu não tinha mais cura, e assim, eu resolvi me despedir dos meus filhos mais uma vez, e foi então que decidi vir para o Brasil dar o adeus para a minha família pessoalmente.
Vim para o Brasil e continuei o tratamento para ver quanto tempo eu tinha de vida. Fui recebido no Araújo Jorge, com muito carinho. Orei a Deus por isso, e dessa forma, o primeiro cirurgião que me atendeu me disse: “Vinícius, a água do Brasil com os medicamentos vão te fazer bem.” E eu respondi: “muito obrigado, eu recebo”.
Fui atendido por outra oncologista, porque não tinha mais cirurgias para fazer, não havia mais o que ser feito. Realizei então, novos exames um Petscan, quatro tomografias, exames de sangue, fiz até o que ela não me pediu, mas, quando Jesus está no caminho, Ele faz a obra completa.
Foi então que o inexplicável de Deus aconteceu na minha vida. A médica olhou os meus exames e disse: “Vinicius, eu não sei se você acredita em milagres, mas, eu não vejo mais câncer em você, você está curado”. Pela honra e glória do Senhor Jesus, um paciente paliativo que eu era, hoje eu estou curado!
Por isso, a minha mensagem hoje para você que lê esse texto, é que vale a pena prevalecer na fé e não murmurar. Quando oramos e clamamos, Deus encurta o caminho, quando murmuramos, o caminho é prolongado pelo Senhor.
Há menos de seis meses atrás, eu era um homem que tinha câncer. Hoje, eu estou curado pela honra e glória do Senhor Jesus.
O milagre aconteceu! Acredite: Ele ainda faz milagres.