Amor que gera mais amor

Muito se ouve sobre emoções e relacionamentos interpessoais, entretanto, questionamentos que trazem muita reflexão giram em torno do desafio de relacionar ambos os temas: “como amar o complicado ou até mesmo o que não quer ser amado?”, ou ainda, “como, na prática, gerar amor para uma nova geração de uma maneira eficaz?”.

O cuidado com as emoções é um tema extremamente comentado na mídia atual, pois abrange atitudes assertivas e estratégias de aproximação entre pessoas. O desafio de influenciar a nova geração vai além de aplicativos e tecnologias, pois envolve muito “jogo de cintura” para conquistar a admiração e depois inspirar comportamentos pelo exemplo.

Você já parou para pensar se tudo que tivéssemos a oportunidade de transmitir de maneira eficaz fosse realmente importante para o público jovem? E se pudéssemos selecionar os conteúdos acessados e aprendidos?

A verdade é que o excesso de informações gera uma sobrecarga intelectual e emocional sobre a nova geração. Nesse sentido, vemos ataques à conduta interpessoal e ao modelo deixado por Jesus sobre o amor e suas ações.

Jesus enfatizou o ensinamento de amar ao próximo como a nós mesmos, ato que coloca em prática todos os outros comportamentos humanos. A missão de transmitir esse ensino está diretamente relacionada com a coerência entre o discurso e a prática. A transmissão desse amor é um desafio no qual todos os cristãos modernos estão inseridos.

A carência e a falta de afeto estão diretamente relacionadas com o vazio do coração potencializado pela ausência de paternidade, o que traz um sentimento de autocomiseração e baixa autoestima. Tudo isso leva muitas pessoas à ansiedade e depressão, o que acaba por limitar o processo de aprendizado interpessoal. Dessa forma, os relacionamentos podem trazer danos ou agregar valores pertinentes ao caráter e ao desenvolvimento psicossocial do ser humano.

Amar pode se tornar um grande desafio quando o alvo do amor, no caso a nova geração, não corresponde à linguagem falada e torna-se uma barreira intransponível dentro do processo. Assim, a prática da compaixão baseada nas atitudes de reciprocidade e gratidão, torna-se um dos desafios modernos frente a uma realidade de uma geração de crianças espontâneas e instantâneas.

Nesse contexto, podemos responder as perguntas introduzidas em simples palavras: ame com verdade, pois assim as barreiras serão rompidas e os corações serão alcançados através da coerência entre o autor do amor e a responsabilidade de amar.

Acredite: é possível amar o que não quer ser amado e influenciar o novo, se isso for verdadeiro.

Gabryela dos Reis Câmara Silva

Neuropsicopedagoga, coordenadora escolar e pastora. Contatos: rogeregabyibr@gmail.com

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