Todos sabemos que a arrecadação de impostos no Brasil é de 34,4%, o que o coloca em 7º lugar no ranking de países que cobram os impostos mais altos do mundo. Precisamos trabalhar 151 dias por ano para pagar nossos impostos. E pior, ocupamos a vergonhosa 30º classificação quando se trata do retorno desses impostos ao bem estar da população, atrás de países como a Argentina (19º) e Finlândia (29º) no ranking mundial.
Além do alto custo de produção da Petrobrás, fato que se impõe para compensar a sabida incompetência administrativa, o alto custo político, e o desperdício com os desvios financeiros e a corrupção, tão bem divulgada pela mídia, somam-se a esta conta a elevada carga tributária sobre a gasolina (43%), o óleo diesel (27%) e o etanol (26%).
É possível que esta crise tenha atingido sua Empresa endividada e trabalhando no vermelho. Assim, para nós que pagamos a conta e temos que sobreviver, restaram duas perguntas:
- Como fica a minha pequena Empresa em todo este cenário?
- O que devo fazer para neutralizar os efeitos do meu endividamento e dessa crise, para fazer sobreviver a minha empresa?
O irreversível prejuízo está consolidado, todos nós já sofremos, queiramos ou não. Agora precisamos de mecanismos para neutralizar seus efeitos. Se de um lado, não posso deletar o passado e as perdas sofridas, por outro posso escrever uma nova história e criar um futuro de sucesso para minha família e minha empresa, e não ficar apenas “chorando o leite derramado”.
Considerando que quebrei duas vezes, uma decorrente da inflação descontrolada que chegou a 86% ao mês, e outra por bloqueio de ativos financeiros imposto pelo Governo Collor, aprendi, a duras penas, que a ingenuidade, o excesso de confiança, a falta de planejamento, disciplina e sabedoria, determinaram as minhas quebras.
Resisti a vitimização, persegui a resiliência, aprendi, reagi, recuperei, escrevi uma nova história pra minha vida e, desenvolvendo a atividade de advogado empresarial e coach empresarial, pude conduzir centenas de clientes e amigos a dar passos decisivos, objetivando vencer os momentos de aflição, principalmente para aqueles que estavam em situação pré-falimentar.
Não é fácil, mas é possível! Aprendi que não existe problema sem solução! Obviamente, o problema tem que ser enfrentado e faz-se necessário tomar remédios e decisões, às vezes amargos e impopulares.
O maior patrimônio que nós temos é o nosso nome. Por isso, a grande decisão a ser tomada é “não correr da raia”! Enfrente o problema! Se ele existe, tem que ser resolvido da seguinte forma:
- O mapa mais completo do mundo, não o levará a parte alguma se você não souber onde está. Precisamos de um ponto de partida. Assim, faça um sincero, real e verdadeiro diagnóstico da sua empresa, principalmente de suas dívidas e suas receitas. Isto tem que ser escrito! Liste cada credor e o valor devido. Faça isso ainda hoje! Se você não souber como você está e quanto deve, a tendência é ficar como está e empurrar com a barriga até quebrar! É possível que sua receita não esteja cobrindo a sua despesa. Mas, não tenha medo disso. É possível reverter o quadro!
- Não se amedronte diante dos credores, do mercado e da concorrência! Você vai superá-los! Comece contratando um bom advogado especialista em empresas. Ele vai te ajudar a reduzir e parcelar impostos, visualizar as vendas mal feitas, os créditos mal negociados, os acordos mal assessorados, os aportes de recursos com juros extorsivos e proibidos por lei. Inclusive, o ajudará a fazer novas contratações de forma correta e benéfica para sua empresa.
- Priorize e diferencie os seus credores! É na dificuldade que aprendemos a separar os parceiros dos oportunistas. Os credores que têm uma relação histórica com você, serão mais flexíveis, por terem com você perspectivas a longo prazo. Se não puder pagar a todos, privilegie os parceiros e deixe o advogado cuidar do resto. Tive clientes que deviam mais de R$ 2.000.000,00 para bancos e acabaram pagando R$ 100.000,00, quitando a dívida.
- Nesta vida tudo passa! Se de um lado o sucesso passa, o fracasso também passa. Por isso, estabeleça um corte radical de gastos. Informe os seus parceiros que a empresa está passando por uma reestruturação e por isso alguns processos serão interrompidos, sendo retomados tão logo termine o processo. Todos os setores da empresa são importantes, mas na hora da crise, o financeiro é primordial! O dono tem que sentar em cima do caixa da empresa, porque pode estar havendo evasão de recursos, ou falta de atenção nos recebíveis. Passe a controlar todas as operações de entrada e saída de caixa, sem exceção, desde o cafezinho até os pagamentos de importados. Avalie a necessidade de cada operação e de cada pagamento, eliminando os vícios organizacionais que foram criados. Isto vai ajudar a acabar com as dívidas atuais e prevenir o acúmulo de novas dívidas. Se tiver que demitir, demita os menos qualificados e os mais baratos, ficando sempre com os melhores funcionários. A nova reforma trabalhista ajudou, e muito, os empresários. Aproveite os benefícios da reforma! Não trabalhe com pessoas baratas e mal pagas. Por favor, pague mais, mas contrate os melhores, porque vão trazer grandes resultados.
- Livre-se dos clientes que consomem o seu tempo, dão muito trabalho e não trazem resultados! Direcione o seu radar para os clientes que vão aumentar o seu caixa, os bons não devem ser dispensados, por isso, selecione-os muito bem! Lembre-se: o objetivo da empresa é dar lucro! Lucro não quebra ninguém, a falta dele sim!
Na hora da crise, o descontrole emocional, o medo, a procrastinação, a raiva e a ira, são as piores conselheiras! Não confunda o fracasso de um projeto ou o fracasso de um ciclo, com o fracasso da sua vida. Ser reprovado em uma matéria, não impede que o aluno se forme! Mede-se o tamanho da vitória, pelas lutas vencidas. Só fracassa quem desiste! Por isso, vamos à luta!
Te encontro no topo do Evereste!