Ser cidadão é participar efetivamente da vida social de um país. É usufruir, mas também defender direitos previamente estabelecidos, conforme a vontade coletiva manifesta numa constituição e demais leis ordinárias que regulamentam a vida em sociedade. Mas não é só isso! Cidadania é também observar obrigações e regras de conduta que permitem a vida coletiva de forma ordeira, pacífica e justa para todos. Ser justo implica em que todos tenham as mesmas oportunidades. Neste contexto, a sala de aula tem um papel de destaque.
Compete à rede de Educação de um País, Estado ou Município preparar os jovens para que se tornem pessoas conscientes, conhecedoras e capazes de manejar as relações pessoais de forma a obter os melhores resultados que impactem na vida coletiva. Isto é, compete à Educação preparar os cidadãos que constituirão a categoria produtiva e gestora das próximas gerações. Esses cidadãos precisam estar preparados para conviver, compartilhar e compreender o papel de cada ser na complexidade da vida social.
É bem verdade que na sala de aula o foco é o processo de ensino-aprendizagem didático, que lhe apresente conceitos básicos e fundamentais de disciplinas curriculares, tais como português, matemática, química, etc. Mas nenhum valor haverá nisso se não houver a compreensão do papel do indivíduo no meio, bem como se não houver a percepção de que tais instrumentos lhe são oferecidos para que possa aplicar nas atividades diárias de uma vida em coletividade.
Por ser tão complexo, exige-se da rede de ensino, instrumentos que deem ao aluno capacidade de decisão, baseados em princípios que façam sua ação considerar o eu, tanto quanto o nós e os outros. Mas como o professor pode lidar com tal complexidade?
O professor é o mediador de conhecimento. Seu papel fulcral é oferecer as ferramentas de conhecimento para que o aluno absorva e aplique sempre focado nas melhores expectativas coletivas. Nunca é demais dizer que o papel da escola é meramente complementar ao que a família oferece no dia-a-dia. Ter uma escola que briga com a família na disposição de conhecimentos e ideologias de maneira disjuntiva com certeza irá gerar danos ao invés de ganho para a sociedade.
Entender este papel da Unidade de Ensino, faz-se premente. A ação educativa não fica estanque ao processo de ensino escolar, pois transcende as paredes da escola para alcançar toda a sociedade. Com esta compreensão, juntam-se os esforços do Governo, da família, dos professores e da sociedade para termos a escola que queremos e que forme cidadãos comprometidos, que saibam dos seus direitos, mas que compreendam, acima de tudo, o seu dever na construção de uma sociedade justa e segura. E isso é, ao fim e ao cabo, a verdadeira cidadania: ter compromisso com as novas gerações. É o que buscamos fortalecer na Secretaria de Estado da Educação.