“Então Ele lhes ponderou: “Quando começa a entardecer, dizeis: ‘Haverá bom tempo, pois o céu está avermelhado’. Ou, pela manhã, dizeis: ‘Hoje haverá tempestade, porque o céu está de um vermelho nublado’. Sabeis, com certeza, discernir os aspectos do céu, mas não podeis interpretar os sinais dos tempos? ” (Mateus 16:2-3).
Assim como as ondas que uma pedra provoca ao ser atirada no lago, os efeitos de um acontecimento social não se extinguem em seu início, mas se propagam em direção às bordas da sociedade. E, invariavelmente, promovem rupturas e transformações no cotidiano de pessoas, sociedades e países, proporcionalmente às suas capacidades de impacto e alcance. Mudanças essas que, por vezes, são assimiladas e perpetuadas na vida cultural e social.
A forte queda no valor das ações da bolsa de valores de Nova Iorque, no dia 24 de outubro de 1929, por exemplo, fez com que milhares de acionistas perdessem seus investimentos e países sofressem com a depressão econômica por mais de uma década. Essa crise levou governos a criarem programas de ajuda social, fortalecimento do livre mercado e a reestruturação do sistema bancário e das bolsas de valores.
Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, em que aviões com passageiros foram arremessados contra o Pentágono, nos arredores de Washington, e contra as Torres Gêmeas, do World Trade Center, em Nova Iorque, marcaram esse tempo. Desde então, diversos países adotaram medidas preventivas contra o terrorismo que afetaram os sigilos bancários, telefônicos e eletrônicos. Também, aumentaram o controle e a vigilância dos espaços aéreos, aeroportos e dentro dos aviões.
No dia 1º de dezembro de 2019, em Wuhan, na China, foi notificada pela primeira vez uma doença respiratória aguda, nomeada de COVID-19, de baixa mortalidade, mas de alta morbidade, que se espalhou rapidamente pelos países. Com milhões de contaminados e milhares de mortes, a pandemia tem afetado drasticamente a economia mundial e comprometido o futuro econômico de muitos países.
Como forma de lidar com futuras pandemias e outras crises globais, que necessitem de decisões globais rápidas e uniformes, personalidades políticas e acadêmicas, ONU (Organização das Nações Unidas) e o globalismo empresarial, têm sugerido a criação de um conselho de países para exercer uma governança mundial.
E essa pandemia tem servido de laboratório para alguns experimentos sociais extremamente úteis a um governo mundial: controle da produção e divulgação dos discursos; relativização da propriedade privada, das liberdades individuais e religiosa; monitoramento do comportamento de pessoas e de grupos sociais; fechamento de templos e restrições aos cultos religiosos; voz de comando centralizada da OMS (Organização Mundial da Saúde) para os países e o fortalecimento do dinheiro virtual. Não será de estranhar que todas estas práticas políticas e jurídicas, impensáveis no passado, sejam a partir de agora normalizadas e ocasionalmente repetidas.
Por fim, este artigo tem a finalidade de chamar o leitor à seguinte reflexão: os importantes acontecimentos da História deixam de herança uma nova maneira de viver. E, pelo visto, os três eventos acima, mesmo que involuntariamente, preparam o mundo para uma inevitável governança global e o controle absoluto das pessoas.
Uma constatação que, aliás, não frustra os cristãos, visto que alegremente acompanham o cumprimento das profecias bíblicas e aguardam ansiosos a volta de Jesus.
E aí? Essa geração está preparada?