Empatia: um requisito para o futuro

Imagine a cena: em um belo dia de sol, você se arruma lindamente e vai trabalhar. Estava tão contente pois  havia conseguido  preparar uma apresentação incrível para a reunião de final do mês. De tanto imaginar o sorriso no canto da boca do seu chefe ao ver que além de bater todas as metas, você ainda conseguiu um aumento de 20% nas vendas da empresa, mas naquele momento, nem  se deu conta de que o seu belo scarpin vermelho de bico fino estava com o salto quebrado. Ah! Por essa você não esperava: faltando apenas três passos para chegar na sala de reunião, poft, o salto se rompe totalmente do sapato e com o acontecimento inesperado, você se desequilibra e quase vai ao chão.

Mas, naquele instante o seu olhar cruzou com o da secretária do chefe, que além de nova contratada é também uma pessoa de pouca idade, mas dotada de uma sensibilidade inesperada por você. Essa jovem moça foi capaz de, em segundos, perceber  em seu olhar o terror de quem prevê um dia feliz, se transformar em uma grande incerteza.

E agora? Como adentrar a sala e apresentar com esmero, todo seu suado trabalho? Descalça? Como faria? Você se pergunta incansavelmente e em fração de segundos, começa a suar frio, sentindo a pressão de saber que todos estão na sala, aguardando apenas a sua entrada.

Nesse momento, você é tirada de seus pensamentos pesarosos de medo e fracasso ao sentir no seu braço, o toque da nova secretária, que com voz doce e sorriso nos lábios, te apresenta uma caixa fechada e diz: “Hoje, no meu horário de almoço, fui a uma loja e com meu primeiro salário, me dei um sapato de presente. É simples, mas pode ser seu número. Quer experimentar? Eu te empresto”. Rapidamente, você abre a caixa e para sua surpresa, o sapato se encaixa em seus pés, como se tivessem sido feitos sob medida. O final da história? Creio que você já imagina, a reunião foi um sucesso! Aplausos efusivos, abraços calorosos e um “viva” ao seu nome.

Mas, o que de fato marcou a sua vida não foi a competência, sua eloquência, segurança profissional, não, nada disso! O que fez a diferença foi a presença de um sentimento, manifesto por uma jovem ainda pouco conhecida, mas perfeitamente capaz de perceber sua dor e se fazer o próprio antídoto para tal.

Com sua atitude de oferecer o que ainda nem havia usado, concedeu condições a uma desconhecida de brilhar e ser tão aplaudida. Uma pequena atitude de fazer ao outro o que quer para si, ao abrir a mente e o coração, de abandonar preconceitos, de se perceber na realidade do outro até ser capaz de sentir o que o outro sente e ser solução, resposta, sorriso e lágrimas de alegria!

É isso, caro leitor, obrigada por me acompanhar na minha narrativa. Acabamos juntos, de experimentar a empatia!  Quero ainda, antes de me despedir, te lembrar que já fomos tratados assim, quando um homem sem pecado, deixou a sua glória e Reino, e por amor a mim e a você, pagou um preço de sangue para que viéssemos a nascer, viver, brilhar e apenas segui-lo. E se nós seguirmos os Seus passos, exemplos e atitudes? Como será?

Se me permite uma sugestão: vamos começar pela empatia. Você aceita esse convite?

Dra. Rúbia Santana Cordeiro de Toledo Batista

Graduada em Psicologia, Pós-graduada em Gestão de Pessoas e Organizações. Tem experiência em Gestão de Pessoas e Treinamento de Pessoal. Está na IBR desde 2009.

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