As férias quase sempre são assim: queremos fazer tudo o que pudermos e aproveitar bem o tempo tão sonhado. No entanto, elas passam tão rápido que quando nos acostumamos com a ideia, já é hora de voltar ao trabalho. Mesmo assim, com certeza é um tempo maravilhoso, em que acontecem coisas novas e interessantes, principalmente quando estamos com a família.
Há aquelas pessoas que falam das maravilhas que são as férias no campo ou na montanha, com paisagens encantadoras. Vislumbram o cheiro das flores, o pôr do sol, o canto dos passarinhos, a comida gostosa do interior, as horas de silêncio, a paz, a calma, e de como tudo isso repousa, descansa e faz bem ao corpo e a alma.
Há outras pessoas que preferem o litoral. Estando lá, esquecem o resto do mundo enquanto contemplam o azul infinito dos céus. Descansam os ouvidos no embalo das ondas e sentem o sol no corpo. Repousam, descansam e sonham.
É claro que as férias não se resumem em viagens e passeios a lugares espetaculares. São dias destinados ao descanso com a família após atividades consecutivas em um período anual ou semestral de trabalho ou estudo. E viajar não é a única opção. Dormir um pouco mais, cuidar da saúde, visitar parentes e amigos, praticar esportes, fazer uma boa leitura, caminhar no parque ou assistir um filme em casa com a família. O importante é que, no fim, todo mundo volte para a “labuta” do dia-a-dia com paz na alma e as “baterias recarregadas”.
Mas, mesmo sabendo da importância desse momento de descanso para a família, muitas pessoas, por causa da mudança de hábitos e a sobrecarga de trabalho da família, deixam as férias em segundo plano, sendo esquecida ou negligenciada por alguns.
Me lembro que quando era ainda uma garotinha, esperava ansiosa as minhas férias para viajar para o norte de goiás, onde moravam os meus avós, tios e primos. A diversão era certa, mas com o passar do tempo, mais distante dessa realidade a minha família ficava. Deixamos de viajar e de aproveitar as férias por calcular os custos e achar que a comunhão e o descanso não valia tanto, e que ajustar as agendas não valia a pena, pois a individualidade era mais importante.
Os anos se passaram e a cultura da individualidade e o repensar nos custos me afastou dessa realidade, que ficou perdida nas memórias de uma garotinha.
Para mudar e até mesmo resgatar as memórias felizes que são geradas pelas férias em família, custou muito esforço, mesmo sabendo que investir nesse tempo de qualidade seria o melhor para mim e para minha família.
Meu esposo, sempre diz que o investimento em um tempo de qualidade em férias com a família é renovador para todos. Estar em outro lugar, outra cultura e culinária, além de ser importante para família, gera conhecimento.
Me lembro das nossas primeiras férias em família, achei desnecessária, fiquei contanto cada centavo que era usado, não conseguia me desligar da minha rotina, pois me lembrava de tudo que tinha ficado e do que iria fazer quando voltasse. Resumindo: não consegui desfrutar das brincadeiras e dos passeios com meu esposo Morse e com meu filho Samuel, que na época tinha 9 meses.
Quando retornei e processei aqueles quinze dias, decidi que as próximas férias em família eu resgataria o descanso, a comunhão e as memórias afetivas que isso geraria em nós. Hoje já se passaram 5 anos daqueles quinze dias que desperdicei, e tudo mudou. Todo ano temos como objetivo familiar viajar. Meu esposo planeja tudo e compartilha comigo e com o Samuel, e daí fazemos a contagem regressiva. Geramos expectativa, oramos e sonhamos com os dias que o Senhor preparou para nós.
Desejo a todos aqueles que se preparam para o merecido descanso em família, um mês de janeiro abençoado, pleno de Deus e cheio de graça! Bom tempo de lazer para quem estará curtindo as férias. Que esse mês se torne sinônimo de uma juventude sadia e bem vivida em família!
“Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você!”
(Salmos 116:7)