Fomo: você sabe o que é?

imagem: envato

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Você se identifica com o fato de constantemente conferir as redes sociais? Sabia que este pode ser um dos sintomas do que se caracteriza como FOMO? Mas afinal, o que é FOMO?

De modo geral, a FOMO – sigla para o termo “Fear Of Missing Out”, em português, “medo de estar perdendo algo” e também como o “medo de ficar de fora”. Essa sigla foi criada em 2000 pelo americano Dan Herman e nos anos seguintes, os pesquisadores Patrick McGinnis e Andrew Przybylsk definiram o FOMO como um desejo de estar constantemente conectado com o que os outros estão fazendo nas redes sociais.

Segundo Patrick McGinnis, em entrevista para o CNN (2021) a FOMO se caracteriza por dois aspectos: primeiro por uma ansiedade quando pensamos que alguém está fazendo algo melhor ou mais divertido do que nós e segundo, pelo medo de ficar de fora de atividades em grupo, como por exemplo, não ser chamado para uma festa de amigos, enquanto você vê essa festa acontecendo pelas redes sociais.

Aliado ao sintoma de constantemente conferir as redes sociais, existem outros sintomas para identificar pessoas que tem FOMO, tais como: dependência pelo celular, necessidade constante em se atualizar nas redes sociais e visualizar notificações, sentir-se angustiado ao ver outras pessoas realizando atividades diferentes, sentir que precisa fazer o mesmo que outras pessoas estão fazendo, aceitar propostas para eventos por medo de perder alguma coisa ou se sentir excluído, utilizar o celular mesmo durante outras atividades, além de não viver o momento, com distrações e perca de foco em atividades do dia-a-dia.

Precisamos nos atentar ao fato de que o medo de perder acontecimentos alheios não faça que nos perdemos de nós ou que não aproveitemos momentos pessoais em detrimento de momentos do outro. O problema nunca foi a tecnologia ou as redes sociais, mas sim a forma que a usamos.

A verdade é que gostamos de ser admirados, validados e de termos alguém para admirar, e muitas vezes para isso, usamos a internet. O problema vem quando deixamos de usar as redes sociais para acrescentar de forma sadia, e começamos a nos comparar e até nos rebaixar, confrontando injustamente a totalidade de nossa vida com uma parcialidade em geral positiva, que o outro apresenta. Comparamos erroneamente o “melhor momento do outro” com nossas vulnerabilidades, ficando frustrados e por vezes solitários, ansiosos e deprimidos.

É importante ressaltar que a FOMO não é um transtorno mental, mas pode ser um preditor de transtornos relacionados a depressão, ansiedade, distúrbios de sono e autoestima. Pensar em uma desintoxicação das redes sociais seria interessante, por meio do desligamento de notificações desnecessárias, de uma melhor escolha sobre quem devemos seguir ou não, e se fato seguir determinadas pessoas nos faz emocionalmente e mentalmente melhores.

É preciso avaliar se precisamos de fato gastar tanto tempo com medo de perder uma vida que não é nossa, avaliar o que é necessário e relevante dentro de nossa vida real e virtual.

É preciso avaliar também o que está por trás da FOMO: necessidade de reconhecimento ou validação do outro? Desejo de pertencimento? Solidão? Depressão? Ansiedade? Falta de propósito? Inveja? Comparação? Tédio? Tantas coisas… e por isso é tão importante a terapia, o conhecer-se e o respeitar-se. Podemos aprender e ressignificar tudo que sentimos. Precisamos nos relacionar melhor com nossas vulnerabilidades e com nossas reais emoções, ações e intenções sobre o uso da internet.

Uma rede que antes era para facilitar se não usada com limites e consciência, pode fazer com que nos comparemos, rebaixemos e até vivamos de maneira a prejudicar a nossa saúde mental.

Você tem usado a internet e as redes sociais ou elas têm usado e sugado você? Como o uso das redes sociais faz você se sentir?

Pense sobre isso e fique atento aos excessos!

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