Graça e paz irmãos e irmãs em Cristo Jesus! É com muita gratidão em meu coração que compartilho com os leitores da Revista Renascer o meu testemunho de vida!
“O Senhor é bondoso com todos e cuida com carinho de todas as suas criaturas”. (Salmos 145:9). Essa simples constatação por si só já é um enorme motivo para sermos gratos a Deus. Se depois de tudo que passou em sua vida, você soubesse que estaria no lugar onde está, se soubesse que teria ao seu lado pessoas que atualmente estão com você e soubesse ainda que estaria vivo, será mesmo que durante o processo agiria diferente? Certamente não, pois continuaria sendo uma pessoa morta espiritualmente. Entenda: estamos mortos espiritualmente quando nos afastamos do Altíssimo.
Particularmente, por 17 anos, em virtude da minha ignorância, eu estive longe da presença de Deus e vivia como uma folha ao vento, andando de um lado para o outro. Sentia uma angústia muito forte, tinha a sensação de que as fases da minha vida demoravam muito e que algo estava sempre faltando. Fui tentado a fazer as coisas certas do jeito errado. Por exemplo, sempre fui muito passivo diante das circunstâncias, sempre com a intenção de evitar maiores conflitos, pois em quase todas as vezes que as presenciava no âmbito familiar e relacional, a maioria delas acabava em brigas.
Como consequência disso, cheguei a ter a falsa impressão de que estava vivendo em uma época equivocada, como se fosse alguém com costumes e atitudes típicos de décadas passadas e que foi teletransportado para o século XXI. De modo geral, ao longo da minha vida sempre procurei fazer as coisas certas com a própria força do meu braço, e do meu jeito, ao invés de procurar a Deus e consultá-lo no meu secreto.
Hoje em dia é até fácil eu dizer para mim mesmo que as coisas que o Criador tem para nos entregar não são realizadas na força do nosso braço. Aprendi isso lendo Deuteronômio 8:18 – “Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, que Ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia”.
Mas esse não era o meu entendimento. Nasci em um berço católico não praticante e cresci tendo a Bíblia como um amuleto tão sagrado, que era intocável, notadamente depois de ser aberta no Salmos 91. Na infância fui abusado sexualmente. Antes do meu nascimento fui rejeitado pela minha avó paterna, e então, tive que lidar com a rejeição desde muito cedo, contudo eu lidava de maneira inapropriada, guardando-a em mim.
Por falta de instrução, eu e minha família chegamos a frequentar centros umbandistas e kardecistas, como forma de complementar as missas católicas. Desde pequeno, tinha o meu pai como meu amigo e o admirava pela pessoa que ele se mostrava ser: sábia, perspicaz, amorosa, etc. Quando ele decidiu seguir o espiritismo e virou médium, fiquei admirado com aquilo, porém, era apenas uma falsa impressão de que ele estava mais próximo de Deus. Em pouco tempo, acabei me envolvendo com o espiritismo e me tornando um médium.
Alguns anos se passaram e o consumo de pornografia, que me acompanhou desde a puberdade, me servia de “consolo” e “alívio” para os meus momentos de tristeza e solidão, principalmente quando o assunto era vida amorosa. Nos ápices dos meus momentos de tristeza e opressão interna (com as autocobranças e acusações), cheguei a me automutilar, me batendo com um cinto em minhas costas. Era a forma de me punir.
Por três vezes tentei cortar os meus pulsos e braços com uma faca, pois a angústia era tão grande que eu tive a sensação que em minhas veias, em vez de sangue, corria fogo. Por três vezes tentei me cortar, com o intuito de aliviar a minha dor. No entanto, todas essas tentativas foram frustradas, pois a faca estava cega.
Hoje em dia vejo com mais clareza que Deus sempre me amou e livrou-me da morte física por diversas vezes, ainda que estivesse espiritualmente morto. De acordo com a própria explicação do pastor João Queiroz, eu fui um dos zumbis do nosso século. Mas, mesmo assim, o todo Poderoso prosperou a minha família, protegeu-a de acidentes, a curou de enfermidades e livrou de deformidades e de maldições.
Quem me trouxe para a Igreja Batista Renascer foi a minha última ex-namorada, no dia 8 de março do ano de 2019. Nesse dia, senti um toque em meu interior que nunca havia sentido antes, uma paz que transcendeu o meu entendimento.
Em meio ao relacionamento conturbado, acabei lendo Marcos 15: 1-11 e Marcos 15:15-23, cujos versículos relatam, no primeiro momento, que Jesus repreende os fariseus e que, no segundo momento, Ele ensina aos discípulos sobre a origem de coisas que desagradam a Deus. A partir daí, comecei o meu processo de cura, onde o próprio Senhor foi me constrangendo e moldando o meu caráter. Ele mostrou o Seu amor por mim e eliminou de vez aquela angústia e vazio que sentia.
Gratidão pelo processo! Fui aprender a viver em fé seis meses após o batismo nas águas. Com Sua bondade e misericórdia, Deus colocou pessoas em minha vida para me acolher, como os pastores João Queiroz, Alair, Pablo, Morse, Gigriola, Ralfe, Weder Anselmo, Hélio Maravilha, Jhonathas Queiroz, Rogério Queiroz e Hamilton. Além dos presbíteros Lucas Crispin, Dalilia Garcia, Frederico Lino, Pedro Thiago, Rildo e também pessoas como o Felipe Tavares, Júnior, Gilmar, Samuel, Pedro, Roxany, Kézia, Amanda e muitas outras, todas servas do Senhor e que têm cuidado de mim com muito zelo e carinho.
Termino esse ano de 2020 grato ao todo Poderoso por quem Ele é, e por ter colocado essas pessoas em minha vida.
Grato a Deus pelo meu processo de cura, pela Sua misericórdia e graça derramadas sobre a minha vida! Acredite: Ele ainda transforma vidas!