Maio Laranja: A luta contra a exploração e abuso sexual infantil

imagem: envato

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A cada hora, mais de três crianças são vítimas de abuso no Brasil. Diante disso e de outros exemplos de violência, como a pornografia infantil, exploração sexual e o tráfico de crianças e adolescentes, surge uma pergunta: o que podemos fazer?

Nessa edição, conversamos com Thais Münstermann, idealizadora do Instituto Basta, que desde 2019 atua na conscientização sobre o tema e no suporte às vítimas.

  • Qual é o objetivo central do Instituto Basta?

Somos uma organização social que promove os direitos humanos e luta pela justiça e transformação social, conscientizando e mobilizando indivíduos através de ações de impacto, pesquisa e treinamento, a fim de proporcionar um estilo de vida moral e íntegro e acabar com o abuso e exploração sexual.

  • De que modo são realizadas as ações e projetos pela equipe?

Temos uma presença bem forte na internet, pois observamos que hoje muitos abusadores e aliciadores buscam novas vítimas nesse ambiente. Então, queremos ser uma voz para levar conscientização a partir dessas redes. Além disso, também atuamos de forma presencial por meio de palestras e treinamentos, tanto para igrejas e escolas, quanto para profissionais da área. Para aprofundar a conscientização, mantemos um Clube de Leitura, onde compartilhamos leituras para a capacitação sobre o tema.

  • Como o suporte é oferecido para as vítimas?

Na equipe, temos um núcleo de consultoria que atua no suporte psicológico e consultoria jurídica para as vítimas. Assim, o nosso intuito é ajudá-las e oferecer suporte às suas famílias. Depois de oferecer o primeiro atendimento, oferecemos auxílio para que encontrem ajuda na região onde moram.

  • Qual é a importância de iniciativas como a do Maio Laranja?

A campanha atua na conscientização e prevenção! Com isso, age de forma a evitar que novos crimes aconteçam. Normalmente, as pessoas não conhecem o assunto, o que prejudica a abertura para falar sobre o tema. Por isso, campanhas como essa chamam a atenção da sociedade para entender que os abusos e exploração sexual acontecem. Acredito que é apenas tendo voz para mostrar o problema que poderemos criar soluções.

  • Por que debater esse tema dentro do contexto cristão?

Como seguidores de Cristo, devemos estar na linha de frente. Sabemos que o inimigo tem usado a questão sexual como um alvo ruim e como instrumento de humilhação, exploração e abuso. Infelizmente, a criança tem aprendido sobre o que é sexo por meio de colegas na escola, pela pornografia e de uma forma equivocada, muitas vezes porque nos omitimos ao não falarmos sobre o tema. Muitas crianças não possuem pais ou pessoas que possam educá-las e assim, esses assuntos permanecem obscuros.

  • Como os pais e a sociedade podem contribuir para o enfrentamento dessa realidade?

O primeiro passo é o conhecimento. Nós não podemos resolver um problema se nem sabemos que ele existe ou se não o enxergamos como um problema, o que vem acontecendo na sociedade. Por isso, é preciso procurar saber como isso acontece, além disso, ensinar os filhos para a educação e proteção sexual. As crianças não saberão identificar que algo está errado se não houver instruções sobre o que não pode acontecer. Antes dos trabalhos para resgate das vítimas, é preciso que haja um caminho para prevenir que a violência aconteça.

INSTRUÇÕES FELIPE

BOX:

Para contribuir com o Instituto Basta:

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  • Apoie financeiramente pelo pix: institutobasta@gmail.com
  • Divulgue a causa e diga um “basta”, para um futuro com menos vítimas.

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