Na última edição da Revista Renascer, nesse mesmo espaço do nosso Café com Palavra, estava uma carta escrita por um filho o qual você mesmo pode se identificar. Depois da leitura, era possível ver as palavras de um autor angustiado e preocupado com as incertezas que se colocavam em seu caminho. Naquelas linhas, sobravam medo e insegurança. Um coração angustiado acha difícil encontrar esperança. No meio do deserto, com os pés descalços, podemos perder o fôlego.
Estávamos falando sobre quebrantamento — o tema da edição anterior. Justamente esse coração contrito e quebrantado, vazio de suas próprias certezas, sedento para ouvir palavras que ofereçam alívio, é a base para entendermos o significado de uma próxima palavra: SANTIDADE.
Sem ela, é impossível agradar a Deus nem tampouco o veremos (Hebreus 12:14). Apenas por esse fato já deveríamos ser envolvidos totalmente pela Sua busca de modo constante.
A consciência de nossa imperfeição não deve fazer com que coloquemos um muro entre nós e o favor do Senhor. No entanto, muitas vezes, é exatamente isso que fazemos.
Estávamos descalços, perdidos em nossas iniquidades, separados do amor de Deus. O que não pode ser esquecido é a inabalável verdade de que após termos feito d’Ele o nosso Senhor e Salvador, um véu fora rasgado. Uma ruptura que nunca teríamos forças para fazer por nós mesmos, mas que nos foi dada pela Graça em uma cruz no calvário.
Então, o que podemos dizer? Toda vez que afirmamos que a nossa natureza é impura demais para alcançarmos o padrão de santidade, ignoramos as novas vestimentas dadas não por homens falhos e incertos, mas por Cristo. Aquele que é o grande Eu sou, perfeito em essência.
Não chame de impuro o que Deus purificou (Atos 10:15), se a santidade é um requisito para agradarmos ao Senhor e para avançarmos em nossa semelhança com nosso Pai e Criador, é porque Ele sabe que não se trata de uma missão impossível.
A beleza da santidade está em perceber que fomos chamados para sermos santos, porque Ele é Santo. Ele está nos atraindo para a Sua presença. Não há como a luz coabitar com as trevas (1 João 1:5), logo, a santidade é mais uma dentre as tantas maneiras em que o Senhor se certifica de que seus amados filhos estão por perto. Amar seus filhos é irresistível para o Deus Todo poderoso.
Imperfeitamente santos é o que somos capazes de ser. Todavia, a santidade deve ser um compromisso renovado por nós a cada nova manhã. Se acolhemos os nossos erros ao invés de confrontá-los, ignoramos o chamado expresso de forma clara nas Escrituras.
Olhemos para as nossas imperfeições não com peso e condenação, mas sabendo que ao serem mudadas, irão glorificar o Nome do Senhor. Sendo assim, não desista do processo de santidade, porque Ele não desistiu de você nem quando em nós somente havia condenação e trevas.
Há luz para os filhos! Abra os seus olhos, aceite as novas sandálias e siga em Sua direção.
Equipe editorial da Revista Renascer