O compromisso de seguir adiante sem perder a fé

Caros leitores e leitoras,

O ano mal começou e estamos presenciando muitos fatos que tem nos impactado e entristecido, como o caso da barragem que se rompeu em Brumadinho–MG e o incêndio no Centro de treinamentos do Flamengo no Rio de Janeiro, em que ambos levaram vidas inocentes. Aliados a isso, outros acontecimentos estão ocorrendo a todo momento em nosso dia-a-dia, e tudo tem promovido, mesmo que indiretamente, a uma série de interferências em nossa vida, principalmente no que tange ao nosso emocional. Se, por um lado muitas pessoas encontram-se mergulhadas num mar de pessimismo, sem encontrar um caminho, uma luz no fim do túnel, por outro lado, tenho visto pessoas que enxergam a vida sobre outro prisma e estão cercadas de otimismo.

As pessoas neste segundo grupo, menor que o primeiro, refletem em suas vidas prosperidade, realizações, e encontram oportunidades, mesmo num ambiente aparentemente preocupante.

A doença do momento é a depressão. Eu mesmo conheço uma porção de pessoas que estão entregues a esse mal. Você que está lendo deve estar se perguntando: será que existe uma forma de evitar este problema? E para quem já entrou nele… Será que é possível sair? Sim, é possível e evidentemente o caminho para isso não é simples. É necessário muito esforço e um grande catalizador – a FÉ!

Isso mesmo! A fé tem um efeito revitalizador, que nos faz pouco a pouco reconstruir nossos elementos internos e enxergar a vida por outra ótica. Mas o que é a fé? Para entendermos melhor, vamos analisar o MEDO, que é a completa ausência de Fé!

O americano Tony Robbins, um dos mais conhecidos coaches da atualidade, gosta de abordar o medo (FEAR em inglês) da seguinte forma:

F – Falsas                 E – Evidências                    A – Aparecem como                       R – Reais

Ou seja, o medo é constituído por evidências falsas que se apresentam como reais. É a total inversão do nosso processo focal. O medo é gerenciado pelo sistema límbico, responsável pelo sistema de proteção e preservação. O sistema límbico, segundo a neurociência, nos ensina que ele é o responsável pela nossa ação ataque/fuga. Ele ativa o sistema emocional e quando não enxergamos formas de atacar o problema ou fugir dele, acaba por deprimir nosso sistema nervoso central, nos deixando com a sensação de incapacidade.

Por outro lado, o nosso córtex frontal, é responsável pela ativação da nossa criatividade, tão necessária para encontrarmos os caminhos para sairmos do buraco. O grande problema é que o sistema límbico tem o poder de paralisar o córtex frontal, inibindo nossa capacidade de ação, nos paralisando e nos levando a completa depressão.

A FÉ é exatamente o oposto do medo. A fé nos liberta, ativa nosso córtex frontal e nos leva a sair do modo problema para o modo SOLUÇÃO.

Hoje, a ciência já reconhece que a fé provoca grandes mudanças em nossa capacidade mental e cerebral, alterando inclusive a química do nosso cérebro e organismo, com a liberação de neurotransmissores. E como construir essa fé, quando não enxergamos uma saída? Como acessar esta certeza de que estamos conectados com algo maior (Deus) se a única coisa que vemos são dúvidas, problemas e incapacidade?

Este é o maior desafio! Devemos buscar dentro de nós esta força! Buscando fora, encontraremos somente a ilusão e jamais iremos alcançar nossa real potencialidade, uma das primícias maiores no coaching. Nos atendimentos que tenho feito, a primeira coisa que trabalho é o autoconhecimento e, através dele, construímos um caminho seguro para o desenvolvimento da fé até que essa se torne inabalável.

Temos que assumir o compromisso, a princípio conosco mesmo, para buscar essa transformação e com isso seguir em frente, saindo desse estágio de dúvidas e incertezas que acabam nos levando a depressão, pois fomos criados para avançar! O apóstolo Paulo deixou-nos, no capítulo primeiro, verso sete, do livro de II Timóteo, o seguinte: “Pois, Deus não nos deu Espírito de covardia, mas de poder (leia-se ousadia), de amor e de equilíbrio. ”

Portanto, certo que as aflições desse mundo jamais vão cessar, é a hora de desenvolver uma fé inabalável, com a convicção que nós somos capazes de mudar a nossa realidade, a fim de seguir em frente. Não importam as circunstâncias, como os episódios lamentáveis que citei no início desse artigo, e de muitos outros acontecimentos que estão a todo momento aparecendo, precisamos avançar com o compromisso de que, mesmo cheios de cicatrizes, possamos alcançar a linha de chegada guardando a nossa fé.

Para auxiliar nessa nova jornada rumo a obtenção de suas metas e sonhos, é necessário ter uma visão de como está a sua vida nesse exato instante. No coaching além de perguntas poderosas, utilizamos várias ferramentas que nos auxiliam no atendimento ao cliente. A Roda da Vida é uma delas.

Faça uma auto avaliação sobre as áreas de sua vida e veja onde você está precisando dar um up, uma prioridade para equilibrar as ações do seu dia-a-dia. A ideia aqui é você dar uma nota de 1 a 10 para cada item, que está dentro das quatro áreas de sua vida (Pessoal, Profissional, Relacionamentos e Qualidade de Vida). Depois que você der a nota para cada item, pinte o espaço, por exemplo: no item saúde e disposição você avaliou que está com a nota 7, pois tem percebido que está com boa saúde e disposição para fazer várias coisas. Então, você vai pintar do número um até o sete e assim com todos os itens.

No final da avaliação você terá uma imagem pintada e a primeira pergunta que eu quero que você faça é: como está a sua roda da vida roda? Se colocarmos ela no lugar do pneu de seu carro, moto ou bicicleta, por exemplo, rodaria? Segunda pergunta: qual dos itens avaliados você entende que seja necessário dar um up e priorizar? Sabendo que ao desenvolve-lo, automaticamente, ele contribuirá para melhorar os outros itens. Atenção! Eu quero apenas um item, pois se escolher vários, é bem provável que não conseguirá realizar ações que promova a melhoria nesse momento.

Weder Anselmo

Life Coach Criacional, Especialista em Empowerment e Perfil Comportamental

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