Neste artigo procurarei tecer observações sobre a importância do desenvolvimento pessoal dentro das organizações, considerando que as pessoas estão sempre em busca de permanecer e se destacar no mundo corporativo. O mercado de trabalho tem o objetivo de obter melhorias contínuas para a superação de concorrências e, por isso, exige-se cada vez mais profissionais qualificados, criativos, habilidosos, proativos e que estejam sempre atualizados em conhecimentos.
Partindo desse princípio, percebe-se que o mundo globalizado não admite mais atrasos em conhecimentos, portanto, a cada dia intensifica-se ainda mais a necessidade de novos processos de desenvolvimento para gestores e colaboradores, para que assim os líderes e liderados se tornem preparados para a competitividade. Em contrapartida, salienta-se que toda mudança encontra resistências, da mais simples até a mais complexa, e para tanto é necessário um tempo de adaptação.
Não se trabalha pessoas e organização de forma separada, por esse motivo, quando se trata de Recursos Humanos, envolvemos as pessoas que compõem a organização, que estão intrinsecamente ligadas às organizações e por isso se requerem tratamento amplo de desenvolvimento humano.
As inúmeras oportunidades de negócios que emergem da globalização impõem novos procedimentos. Atualmente, percebe-se que as instituições se informatizam intensamente, adotam programas de qualidade, apelam para terceirização de serviços, ampliam áreas de negociação, especulam o marketing ousadamente e fazem parcerias para unir forças de mercado. Mas, para desenvolver tudo isso, a empresa precisa também investir no treinamento e desenvolvimento de seu capital intelectual.
Considerada uma das mais queridas e admiradas empresas de entretenimento do mundo, a Disney é também referência das melhores práticas de desenvolvimento pessoal – e pode ser inspiração e referência para todos nós. Veja o posicionamento de seu fundador: “Você pode sonhar, criar, projetar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo, mas são necessárias pessoas para fazer do sonho uma realidade”.
Todos os desafios de permanência no mercado e competitividade excepcional que vivenciam as organizações, afetam diretamente os seus colaboradores. Portanto, trabalhar as competências individuais para alinhá-las às competências organizacionais é consolidar cada pessoa como única, considerando o seu bom desempenho na função estabelecida, e ao mesmo tempo acreditar no ser humano, como portador de sensibilidade, passivo de problemas, desejosos de bem estar em todas as áreas, e pleno de saúde na integração biológica, mental, espiritual e social.
Diante das novas exigências impostas para gerir pessoas, houve a necessidade de mudança inclusive no termo – de Recursos Humanos para Gestão de Pessoas – o que demonstra a necessidade do envolvimento e comprometimento de todos dentro da organização.
Na busca pelo desenvolvimento pessoal dentro das organizações, muitas metodologias e ferramentas foram criadas para contribuir com esse fim, e o Coaching, por exemplo, ocupou um lugar de destaque por apresentar-se útil no fortalecimento do ser, tornando o indivíduo satisfeito consigo próprio e com a organização.
Além disso, o Coaching apresenta os seguintes resultados: incentiva o autoconhecimento do profissional; aumenta o desempenho dos colaboradores; desenvolve capacidades de liderança; aperfeiçoa a capacidade de ouvir; adapta a organização e os profissionais às mudanças; cria um ambiente de trabalho agradável; melhora o relacionamento interpessoal; desenvolve a criatividade dos colaboradore; retêm talentos, entre tantos outros benefícios.
Convém esclarecer que Coaching pode ser confundido com consultoria ou mero treinamento. Há também casos em que é confundido com aconselhamento, mas que fique claro que o coach (profissional), nunca decidirá pelo coachee (cliente), apenas contribuirá para que o mesmo descubra suas próprias soluções. Coaching não é para resolver problemas, ou consertar coisas, pois não se trata de terapia. Coaching é um recurso que produz mudanças positivas, onde o coachee é conduzido a assumir responsabilidades no processo.
Em resumo, ainda que a maior parte das organizações possuam experiências negativas no que tange ao desenvolvimento de pessoas dentro de suas estruturas, é possível afirmar que um dos principais pontos para medir o rendimento e sucesso de uma empresa no cenário atual está relacionado à uma gestão eficiente de pessoas.
Valorizar o funcionário é fundamental em qualquer organização, pois sua satisfação profissional e pessoal é o maior motivo de se manter em um trabalho. Muitas vezes, funcionários priorizam mais a satisfação que o valor do seu salário. Do outro lado, ter colaboradores que horem suas instituições é fundamental para se criar uma via de mão dupla em que ambos sejam beneficiados (empresa e funcionários).
No Estado de Goiás, onde temos muitas empresas familiares, boa parte das organizações já compreenderam a importância de investir na gestão de pessoas, mas infelizmente esse número ainda é pequeno.
Aquelas empresas que não se mobilizarem quanto ao desenvolvimento de pessoas, ficarão para trás e não poderão usufruir de resultados como: qualidade, comprometimento, organização, crescimento acelerado, satisfação; e consequentemente, poderão estar à mercê do atrofiamento, estagnação e, infelizmente, seu fim.