Nesta edição, gostaria de compartilhar com os leitores da Revista Renascer um testemunho de um grande milagre na minha família e manifestar a minha gratidão. Depois de ser mãe da Ana Eliza, que hoje tem 8 anos, e após muita oração, meu esposo e eu decidimos que teríamos um segundo filho. O nosso maior desejo era que esse filho fosse uma menina, para fazer companhia para Ana. E assim pedimos ao Senhor.
Fiquei grávida! Com cinco meses de gestação recebi uma ligação da minha médica, dizendo que eu teria que ir até o consultório no dia seguinte. Pelo telefone, ela me explicou que tinha verificado algumas alterações em todos os exames e, por isso, eu teria que fazer um exame do líquido amniótico. Naquele momento, fiquei muito nervosa, chorava em desespero, mas ainda assim, a médica não quis explicar por telefone.
Fui angustiada para a consulta e ao ser atendida, a doutora não me olhava no rosto. Apenas explicou sobre as alterações em meus exames e que não sabia o que era. No consultório eu só chorava, não conseguia me acalmar. A médica tentou me tranquilizar, dizendo que a possibilidade de Síndrome de Down estava descartada, mas que talvez poderia se tratar de uma síndrome rara e que era preciso realizar um outro exame.
Durante o período de espera, foram dias de muito choro, angústia e desespero. O resultado do segundo exame demorou uma semana para sair. Então, era o momento de retornar para o consultório da médica. Já no começo, ela disse que eu precisaria passar pelo Geneticista, e se antecipou afirmando que a minha filha seria uma criança que provavelmente não iria andar, falar e nem escutar. Disse também que a criança iria depender de nós pelo resto da vida.
Marquei a consulta com o Geneticista e assim que a consulta iniciou, ouvi que se tratava de uma criança inválida e que poderia nascer com a boca aberta ou com os olhos arregalados. Como se não bastasse, a última frase da médica foi: “A minha opinião é que você desista dessa criança e faça um aborto”. Saí do hospital sem chão, desesperada e arrasada.
Depois disso, seguindo com a gestação, nas consultas recebi a notícia de que ela tinha parado de se desenvolver, mas que o coração ainda estava batendo. Mas, mesmo com tantas notícias ruins, eu tinha fé que Deus poderia realizar um grande milagre.
Orei a Deus dizendo que se fosse para minha filha nascer uma criança doente e em estado vegetativo, que Ele poderia levar, mas que fosse o Senhor que a levasse, e não eu que a tirasse. Havia uma pressão muito grande para que desistíssemos da nossa filha.
Certo dia, enquanto chorávamos, a nossa filha Anna nos viu daquele jeito e perguntou o que estava acontecendo. Sentamos e conversamos com ela. Ao ouvir o que tanto nos angustiava, nossa pequena disse: “Mamãe, vamos orar pela Laurinha todos os dias, porque o Papai do céu vai curar ela”. Continuamos aos prantos e decidimos ligar para nosso pastor, Renato Queiroz.
Eu estava desesperada e ele ficou sem entender o que estava acontecendo. Pedi para que ele viesse em nossa casa, pois estávamos precisando de um grande socorro. Em dez minutos, ele chegou. Sentamos todos ali, não conseguimos dizer uma palavra. Mesmo sem entender, o pastor chorou conosco. Aos poucos, fui conseguindo dizer o que estava acontecendo.
O nosso pastor foi muito sábio naquela hora. Ele disse que os médicos tinham estudo, mas que eram limitados. Mas, nós servimos um Deus que é o Deus do impossível e que age além das limitações. E que se o Senhor permitiu que eu engravidasse, é porque teríamos essa filha. “Deus é aquele que opera milagres” – disse o nosso pastor. Com essas palavras, ele completou: “Essa criança vai ser bênção na vida de vocês”.
No sábado, fomos para a igreja e durante o culto, Deus usou o Pastor Adimar, que no púlpito, disse assim: “Deus está falando para uma mãe aqui nessa noite que Ele é o Dono da cura e do milagre. Acalme o seu coração, pois tudo está no controle de Deus”.
Na segunda-feira, eu já estava “mais calma”, e confiei no Senhor. Nesse dia, a médica me ligou perguntando se eu iria tirar o bebê. Eu respondi que não, pois Deus é quem dá a vida e é Ele quem tira. Pelo telefone, a médica usou a seguinte expressão: “Deus não poderá fazer nada”.
Então, decidimos pela vida da nossa Laurinha, até que chegou o dia do seu nascimento. Passamos vinte e dois dias internadas, pois iniciamos uma série de exames — é exatamente aqui que começa o nosso milagre.
Os médicos disseram que Laura tinha uma mancha no coração, fizemos a ecografia do órgão e para a surpresa de todos, o coração dela era perfeito! Ela fez também o exame da audição, porque segundo os médicos, ela não poderia ouvir. O resultado foi 100% nos padrões da normalidade de ambos os lados do ouvido. Além disso, foram avaliar a sua visão e se surpreenderam, pois também estava dentro da normalidade.
Em tudo fomos vendo a mão de Deus na vida da minha filha, ela era um verdadeiro anjinho. Ficamos na neonatal por vinte e dois dias, pois ela se alimentava por sonda. Ali começamos a viver um processo. Perguntei ao médico por quanto tempo ela iria ficar com a sonda e foi falado que seria por pelo menos uns dois anos e que ao sairmos, seria necessário um médico de domingo a domingo conosco em casa. Resultado? A Laura ficou uma semana apenas com a sonda e a equipe médica permaneceu apenas duas semanas na minha casa, pois a Laura já estava se alimentando normalmente.
No entanto, quando ela estava com dois meses de vida, começamos a enfrentar outro desafio: uma Bronquiolite pneumática. Laurinha ficou quinze dias entubada. Foram dias de angústia e muitas lágrimas, mas o Senhor sempre nos mostrou que não estávamos sozinhos. O período difícil passou, Laura saiu da UTI e se recuperou muito bem, para mais uma grande surpresa dos médicos.
Hoje Laura tem 3 anos, fala, anda e frequenta a escola normalmente. Os médicos dizem que nunca viram uma criança tão feliz e até já me perguntam se ela chora. Laura é uma menina muito amorosa e fala que nos ama diariamente.
Ela é o nosso milagre de Deus e nos enche todos os dias de motivos para agradecer ao Senhor. O seu sorriso parece me dizer: “Obrigada mamãe, pela vida!”.
Agradecemos ao nosso Deus e ao Pastor Renato, homem de Deus que chorou conosco, sempre crendo no milagre. Cremos que muitas vidas serão transformadas através do testemunho da Laurinha. Deus permanece curando, transformando e gerando vida em abundância.
Amém , Deus é Fiel, crê no Senhor Jesus e será salvo voce e sua familia.