“E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: é lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. (Marcos 10:2-9)
O casamento não é de origem humana, uma vez que nasceu com Deus e faz parte da maneira em que Ele projetou que o homem vivesse. Ao dizer “não separe o homem”, Jesus ensinou que o divórcio não faz parte do plano de Deus. A verdade é que uma vez que um casal é casado, eles foram unidos pelo próprio Deus e a união é para toda a vida.
Este princípio é válido apesar da fé (ou falta dela) do casal. Quando dois ateus se casam, também foram unidos por Deus, quer o reconheçam ou não. Se Deus os uniu, então nenhum ser humano tem o direito de romper essa união.
Mais tarde, depois que Jesus diz: “o que Deus uniu, o homem não separa”, os fariseus ressaltam que Moisés permitiu o divórcio. Jesus concorda, mas também ressalta que a permissão foi feita devido à “dureza de coração” (Mateus 19:8), reiterando que o divórcio nunca fez parte do plano original de Deus.
O mandamento de Jesus contra a separação do que Deus uniu implica que, antes de um casal ter uma aliança entre si, eles primeiramente possuem uma aliança com o próprio Deus, e essa jamais poderá ser quebrada. Entretanto, é possível que uma união matrimonial seja quebrada e que o “uma só carne” seja rompida pelo divórcio. Há debates entre os cristãos sobre o divórcio receber justificativas em algumas ocasiões. É verdade que muitos permitiriam o divórcio nos casos de infidelidade por parte de um cônjuge (baseado em Mateus 19:9) ou deserção de um cônjuge crente por um cônjuge incrédulo, que não quer mais ser casado com um crente (veja 1 Coríntios 7:15). Nesses casos, o vínculo matrimonial foi quebrado por infidelidade ou deserção, uma ruptura de algo que Deus uniu.
Ademais, nos deparamos com mulheres que sofrem violência física e psicológica de seus maridos, dentro dessa ótica, como podemos nos firmar no princípio do “o que Deus uniu, o homem não separa”?
Nesse sentido, nos amparamos em Efésios 5:25-28: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”; Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”. Nesse momento você deve estar a se questionar: “mas se Deus abomina o divórcio, o que eu faço?” .
Retornamos então em I Coríntios 7: 15, onde o Apóstolo Paulo nos dá a seguinte orientação: “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz”. Ou seja, quando um homem não segue o que está nas Escrituras, torna-se de fato um descrente. Quando agride sua esposa e fere toda a sua família, ele já abandonou o seu lar há muito tempo.
Por isso, como imagem e semelhança do nosso Deus vivo, que possamos ser aliançados genuinamente em Cristo Jesus e que essa aliança seja nosso pilar de sustentação, zelo, cuidado, amor recíproco, fidelidade e cultivo do nosso casamento e do nosso lar.
Lembrem-se: a união matrimonial nasceu primeiramente no coração de Deus e, o que Ele uniu, o homem jamais irá separar!