Talvez esse seja o maior questionamento da história da humanidade. “Qual é o meu propósito?”. Somos como crianças vivendo a fase dos “por quês”, mas com a duração de uma vida toda. Uma indagação sem fim, onde uma dúvida leva a outra. Por mais que tentemos fugir, a fase dos porquês se encerra apenas na eternidade, quando de fato entendemos e nos encontramos face a face com a resposta dessa pergunta: Cristo!
No princípio, quando Deus criou o homem conforme a sua imagem e semelhança, soprou nele o fôlego de vida e o dotou de dons e talentos que, no tempo oportuno, seriam usados para cumprir o seu propósito nesta terra. Porém, repentinamente, o pecado entrou em nossos corações e trouxe consigo uma série de dúvidas sobre nós mesmos. A partir desse momento, deixamos de crer que Aquele que nos criou seria capaz de nos capacitar para a boa obra a qual fomos criados.
Agostinho em seu livro “Confissões” diz: “Tu nos despertas a deleitarmo-nos em Teu louvor, porque Tu nos fizeste para Si mesmo e o nosso coração estará inquieto até que repouse em Ti.” Aqui ele se refere a Cristo como a alegria e a satisfação suprema da vida do homem, e assim o é. Da mesma forma como de Gênesis a Apocalipse, a Bíblia é convergida a Cristo, assim é nossa existência nesse mundo. Nascemos por Ele, para Ele vivemos e ao morrermos, voltamos até Ele (Romanos 11:36). Esse é o nosso propósito!
Cristo é a resposta para todos os enigmas criados pela mente sobre nós mesmos. Seja em nosso “simples” trabalho ou em uma obra missionária, o que fazemos é para Ele e com Ele. Contudo, somos acometidos de um mal que perpetua nossa existência: pensamos ser propósito somente aquilo que é feito dentro da igreja, ou aquilo que é feito diretamente para Deus. Erramos ao pensar dessa forma, pois nossa vida por completo, seja dentro ou fora da igreja, pertence a Cristo e a Ele fazemos todas as coisas (Colossenses 3:23).
Somos seres singulares, logo, o meu propósito não é igual ao seu em sua essência. Seja um médico, um advogado, um jardineiro ou um pastor. Se você faz aquilo que Deus te chamou e o faz com excelência, aí sim você estará cumprindo o seu propósito.
A pergunta que eu faço a você: temos vivido o nosso propósito ou encaixado as peças conforme o quebra-cabeça do nosso próximo? Nosso coração obstinado deseja mais que um propósito ordinário, sem destaques ou recompensas. Quão miseráveis somos em não valorizar o que Deus coloca em nossas mãos. Quão miseráveis somos em pensar que o Oleiro faria um vaso apenas por fazer.
Sim, há um propósito em todas as coisas! E assim é com sua vida e será com as novas gerações!