Pai sem autoridade, filhos sem limites

imagem: envato

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Como flechas nas mãos do guerreiro são os filhos nascidos na juventude. Como é feliz o homem cuja aljava está cheia deles! Não será humilhado quando enfrentar seus inimigos no tribunal.” (Salmos 127:4-5).

O fato de vivermos um tempo com grandes inversões de valores não é novidade para nenhum de nós, especialmente os que conhecem a Bíblia e o padrão Divino para a vida em família e sociedade. O tema criação de filhos é extremamente desafiador, pois toca em algo que também tem sido gravemente distorcido e mal vivenciado, até mesmo dentro de igrejas.

No texto citado, o salmista estabelece uma lógica um pouco diferente sobre a vida em família do que se acredita hoje, onde podemos ver os filhos postos como uma segurança para a casa, servindo a família, guardando seu pai, sendo eles um galardão, um presente de Deus para os pais, que deverão sempre serem honrados e guardados pelos filhos da mocidade, mesmo diante de confrontos e ameaças externas.

Obviamente, outros textos bíblicos trarão clareza de que o homem é e deve ser de fato, sacerdote do lar, e seu papel na fundação de uma família saudável está ligado à provisão em várias instâncias: material, emocional, espiritual e até mesmo existencial. O pai é aquele que dá destino, que aponta para o futuro.

Em contraste com o texto e essa clara lógica bíblica, temos em nosso tempo uma destruição evidente do papel do pai dentro do lar, com um processo que por si só cria filhos sem limites, mimados, instáveis, sem compreensão de autoridade e hierarquia. Nesse processo moderno, o pai é colocado como um serviçal das necessidades físicas, um provedor apenas material, o filho é colocado no lugar mais alto do lar, a família se constrói a partir das necessidades e desejos do filho, da expectativa de quem ele tem que ser no futuro e seus clamores imediatistas.

O pai, assim, deixa de lado o seu papel de sacerdote, de provedor espiritual e emocional, criando crianças mimadas e cheias de si, que se veem como o topo de seus lares, e terão sérias dificuldades de conviver de forma saudável em sociedade, por não compreenderem limites, hierarquias e o funcionamento natural da vida em comunidade.

Essas são verdades difíceis de ouvir, mas não posso me privar: pais, seus filhos devem ouvir NÃO, e ter limites claros. Devem entender que você é o cabeça do lar, aquele que foi colocado por Deus para suprir e prover, e devem saber que eles e suas necessidades não pautam nem controlam a vida em família. Pelo contrário, eles devem servir ao lar, pois essa é a lógica bíblica.

Sei que nadar contra a maré do nosso tempo não é fácil, mas como diz a Palavra de Deus na segunda parte de 1 Reis 2:2: “Coragem, pois, e sê HOMEM!

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