Quando Jesus chamou Seus primeiros discípulos, não escolheu eruditos, mestres da Lei ou homens de renome. Ele foi às margens do mar da Galileia e ali encontrou pessoas simples, anônimas, que diariamente lutavam pela subsistência. Esse chamado, registrado nos evangelhos, transformou a vida de homens comuns em instrumentos de uma missão eterna.
Um pequeno grupo de pescadores, começando com Pedro e André, foi convocado por Jesus para uma tarefa grandiosa: deixar as redes e se tornarem pescadores de homens. Em seguida, Tiago e João, enquanto consertavam suas redes, também foram incluídos nessa mesma missão.
Os planos de Deus são infinitamente maiores do que os nossos, e com esses primeiros discípulos não foi diferente. Eles saíram da rotina previsível e limitada da pesca diária para se tornarem pioneiros na propagação do Evangelho. Testemunharam milagres, curas, libertações e ouviram, de viva voz, os primeiros sermões de Jesus, vendo diante dos próprios olhos o cumprimento da profecia de Isaías: “O povo que anda na escuridão verá uma grande luz.” (Isaías 9:2).
Mas a missão não terminou com aqueles pescadores e com o grupo dos doze. Eles viram tudo o que Jesus fez e ouviu sobre o Reino dos Céus, testemunharam Sua ressurreição e foram revestidos de poder para levar a boa nova não apenas às regiões próximas, mas também a lugares distantes, até os confins da terra. Depois deles vieram outros, e, pela fidelidade dos que permaneceram firmes até o fim, o Evangelho chegou até nós. Hoje, nós também somos convocados a prosseguir pescando almas para a eternidade, seguindo a mesma ordem de Jesus: sermos pescadores de homens.
Ao longo da história, grandes cruzadas evangelísticas marcaram gerações. No século XX, milhões foram alcançados através de nomes como Jimmy Swaggart, Billy Graham, Reinhard Bonnke e, no Brasil, Bernard Johnson, entre tantos outros. Hoje, o alcance continua pelas mãos de muitos evangelistas que usam a internet para proclamar o Evangelho às multidões.
No entanto, o chamado não é apenas para grandes pregadores. É para todos nós. Se não conseguimos pescar multidões com redes, podemos, ainda nessa analogia, pescar com vara e anzol: anunciando individualmente, testemunhando a transformação que Jesus opera em nossas vidas, proclamando que Ele continua salvando, curando, batizando no Espírito Santo e que em breve voltará para buscar os Seus filhos.
O chamado de Jesus continua atual e vigoroso. O mesmo Senhor que prometeu recompensar até um copo d’água dado a um sedento, certamente concederá reconhecimento eterno pelo esforço de salvar um pecador da condenação.
E, assim, deixo esta pergunta que ecoa no coração de todo discípulo: como está a sua pescaria hoje?