No presente artigo quero meditar em breves palavras sobre a Ceia do Senhor, bem como as suas implicações, significado e importância. Antes de tudo, é necessário compreender que a Ceia do Senhor é um dos dois sacramentos da Igreja, isto é, uma ordenança que deve ser observada com diligência por nós. Foi o próprio Cristo quem ordenou a sua celebração ao dizer “façam isso sempre que o beberem em memória de mim” (1 Coríntios 26:25c).
Participar da Ceia é um ato de reconhecimento, fé e aceitação do sacrifício substitutivo de Cristo em nosso favor, na cruz do calvário. Reconhecemos que, pela sua morte, pelo sangue que Ele derramou, nós estamos vivos. Esse entendimento é necessário para que não venhamos a participar da Ceia de forma indigna, como adverte o texto:
“Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor”. (1 Coríntios 11:27-29).
A ceia não é um ato fúnebre, mas uma celebração, um banquete que nos aponta para o passado, fazendo-nos lembrar do grande amor de Deus que nos possibilitou a salvação por meio de seu Filho unigênito. Quando participamos da Ceia, nós proclamamos a sua morte.
John Stott, em seu livro: “A Bíblia Toda. O ano Todo”, diz que uma das verdades ensinadas pela Ceia é concernente à necessidade de nos apropriarmos dos benefícios da morte de Jesus. Nós não somos meros espectadores desse banquete, mas fazemos parte dele.
Essa celebração também nos traz atenção para o presente, visto que nos alimentamos, pela fé, do corpo e do sangue de Cristo e participamos com Ele de Seus sofrimentos.
No mesmo sentido, a Ceia também nos aponta para o futuro. O texto Sagrado diz que, ao comermos do pão e bebermos do cálice, anunciamos a Sua morte até que Ele venha! Há um dia preparado, em que todos nós haveremos de beber vinho e comer o pão na presença magnífica e gloriosa d’Ele no Reino do Nosso Pai (Mateus 26:29).