As Escrituras são infalíveis. E estão tão certas ao dizer que é melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa. Não que um velório seja divertido, alegre ou atraente, mas é impressionante a forma com que Deus nos faz lidar com a morte, afinal ela é o destino de todos, e os vivos devem levar isso a sério (Eclesiastes 7:2). E se Deus trabalha em nós muito mais em momentos de dor do que em momentos de festa, então, sim, graças a Deus pelo luto e por aprender a ser mais dependente dele.
A morte nos faz achar que tudo acabou, que deixamos de existir. E por um lado esse pensamento está correto, pois a vida corrompida pela queda e repleta das consequências do pecado chega ao fim. Não há mais dor, sofrimento e angústia, eis que tudo se fez novo. Deixamos de existir neste corpo carnal, mas o nosso espírito é eterno, ele permanece para todo o sempre com Cristo ou sem Ele.
Sabendo que viveremos para sempre, em um corpo glorificado, junto ao nosso Redentor, precisamos avaliar bem a forma como lidamos com os nossos dias. Por esse motivo o luto nos ensina tanto: ele nos faz refletir acerca da realidade de que nossa vida é breve e, como uma neblina, se esvai.
É fato que todos vamos lidar frente a frente com isso um dia. Mas nunca esperamos que isso seja hoje ou na semana que vem. Acreditamos que ainda viveremos por tantos anos que muitas vezes adiamos o que realmente importa: a caminhada cristã.
Quantas vezes já chegamos a pensar em pegar firme na igreja, mas deixamos isso para mais tarde por não ser prioridade no momento, ou por querer “curtir a vida”, por querer alguns prazeres momentâneos, ou por preguiça mesmo. Isso acontece, mas não deveria ser assim. Nosso coração caído nos faz correr de Cristo, e Ele, em sua infinita misericórdia e bondade nos traz de volta e nos ensina a seguir Seus passos.
A Palavra de Deus afirma em Isaías que fomos criados para a glória de Deus. Nascemos para conhecê-lo e para fazê-lo conhecido. Agora, o conhecemos parcialmente, mas chegará o dia em que isso será em partes, melhor esclarecido.
Bendito o dia em que estaremos diante de Deus e que nosso maior anseio seja poder ouvir de sua boca “servo bom e fiel”. Diante disso, que nosso coração seja moldado para viver o nosso propósito em total entrega a Cristo.