Vida de unidade: o papel da família na cura de um câncer

Quero compartilhar com os leitores da Revista Renascer um pouco do testemunho da minha família, que viveu o milagre da cura de um câncer. Tudo começou em 2020, um ano desafiador para o mundo inteiro devido à pandemia de Covid-19. Nesse cenário, nossa família foi surpreendida por uma situação jamais imaginada por nós.

No mês de agosto, Carlos Augusto, meu marido, com 65 anos, começou a sentir uma febre muito alta, de 40º. Chamamos uma médica amiga para fazer uma visita em casa e nesse dia, ele foi diagnosticado com pneumonia bacteriana. Depois, fez o tratamento, mas após o uso de antibiótico por sete dias, a febre alta persistia. Então, fez uma tomografia, exame de sangue, ultrassonografia e foram detectados uma infecção no fígado e um tumor maligno no intestino. Depois disso, ele foi internado na Santa Casa, em plena pandemia, no primeiro dia de setembro.

Nesse tempo, a nossa filha Lorena veio de Brasília, onde reside, para nos ajudar a cuidar do pai. Ela é advogada e trabalhou online nesse tempo. Moro com meu marido e com meu filho Daniel, estudante de Engenharia Civil de 24 anos, e também com a minha mãe Luiza, de 96 anos. Minha mãe é acamada e por isso estamos sempre atentos para cuidar dela.

Nesse período de internação e operações, revezamos os três, eu, Daniel e Lorena, para cuidar de minha mãe e do Carlos internado, alternando a pernoite na enfermaria do hospital e também durante o dia. Eu trabalho como Diretora no Centro de Treinamento Bíblico Rhema em Campo Grande Vila Glória, e por isso, também solucionava os problemas e dirigia a escola, sem deixar de atender às necessidades diárias.

A cirurgia no fígado e no intestino foi bem sucedida. Por volta do quinto dia de pós-operatório, os médicos diagnosticaram uma pneumonia viral, o diagnóstico de Covid-19, então Carlos foi para a ala de isolamento do hospital. Todo esse período de um mês foi muito desgastante e cansativo, mas sempre houve entre nós fé e bom ânimo.

O quarto de enfermaria em que Carlos ficou era o mais animado do 4º andar da Santa Casa. Ele brincava com os outros enfermos, contava histórias, cantava e todos riam muito. Nossa família procurava suprir as necessidades materiais dos outros dois pacientes do quarto, sempre com camaradagem e solidariedade, na tentativa de amenizar o sofrimento no momento pelo qual todos passávamos.

Orávamos no quarto pelos pacientes e com isso, um ambiente de amor se fazia presente. Depois de um mês e quatro dias, meu marido  recebeu alta do hospital e continuou o processo de recuperação em casa. Passou por oito sessões de quimioterapia, durante oito meses, e com muito bom humor, ele venceu. Está curado!

Sempre o acompanhamos em todas as fases, sendo esse apoio muito importante. Somos uma família muito unida, a razão disso é que amamos a Jesus e dependemos do amor d’Ele. Ele disse em Sua Palavra que o nosso fardo seria leve e suave, e assim aconteceu entre nós.

Contamos com o amor e a força de Deus para superar todas as circunstâncias adversas. A fé e o amor nos unem em família. Somos um pelo outro, como se a dor de um fosse do outro também. Assim, tudo fica mais leve e todos nos admiram por isso.

Posso afirmar que não ficamos abalados, angustiados, perturbados, mesmo ao recebermos o diagnóstico de câncer. Pela nossa fé, no nome de Jesus, que está acima de todo nome que se possa mencionar na Terra, alcançamos a vitória.

Conhecemos a obra da Cruz, onde Jesus levou no madeiro todas as nossas enfermidades e dores, e pelas suas pisaduras nós já fomos sarados (Isaías 53:4). Cremos em cura Divina e ela se manifestou entre nós! Carlos sempre agiu com alegria, fé, paciência, falando de forma positiva e não negativa, brincando com todos, médicos, enfermeiros, técnicos, faxineiras, porteiros e foi muito bem tratado pela equipe. Nossa gratidão a toda equipe da Santa Casa, no sistema SUS, que nos socorreu em meio a uma pandemia, jamais imaginada pela nossa sociedade.

Estamos felizes de poder compartilhar essa boa notícia com todos:  fé em Deus e amor são ingredientes vitais numa família unida. Nem todo dinheiro do mundo compra saúde, mas pela fé, ela pode chegar a sua vida.

A Bíblia diz que todos devem falar a mesma coisa e, por isso, nessa circunstância de enfermidade, todos da família oravam, criam e declaravam palavras de confiança, valorização e entusiasmo. Estamos agradecidos a Deus por tudo que Ele fez por nós.

Unidos somos mais fortes e vamos mais longe!

Esse é o versículo em que Carlos se firmou: “Não se atemoriza de más notícias; o seu coração é firme, confiante no Senhor”. (Salmos 112:7).

Que o nosso testemunho possa te motivar a crer que nada é impossível para Deus.

Ele te ama e você pode experimentar milagres em sua vida!

Denise Falcão Nascimento

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