A cultura de um adorador

Talvez, você nunca tenha separado um tempo significativo entre seus dias para refletir sobre o que compõe a sua cultura. Na realidade, a própria definição presente no dicionário oferece uma pista de que se trata de uma palavra cheia de sentidos. Em uma das definições mais tradicionais, encontramos cultura como um “conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo social”. Então, do que estamos falando quando pensamos sobre a cultura de um adorador?

O mais sensato é irmos direto para a Palavra de Deus, afinal, ela deve ser a nossa primeira fonte de busca sempre que estamos diante de perguntas cruciais para a nossa caminhada de fé. Primeiro, faz sentido olhar para um dos versículos mais referenciados ao falarmos de adoração: “Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. (João 4:24)

Sabendo que há uma recomendação específica para como devemos adorá-Lo, logo, concluímos que existem formas que não devem ser seguidas. Um claro  exemplo é a adoração adotada por Israel em diversas passagens do Antigo Testamento, mais baseada em leis e no medo, do que no amor e temor genuínos diante do Criador. A adoração perde ali o seu sentido original.

É o que fica claro no versículo do livro do profeta Isaías: “O Senhor diz: esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens” (Isaías 29:13). Receber milagres, conviver com homens e mulheres de fé ou até mesmo as várias obras feitas em nome de Deus, não comprovam que habita em nossa essência o verdadeiro espírito de adoração.

Mas então, por onde devemos ir? Olhemos para as bases e instruções dadas pelo próprio Deus, a partir de homens usados para nos transmitir o bom ensino da Palavra. A adoração perpassa pela nossa mente e pensamentos: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”, assim como também é percebida no modo como tratamos os nossos irmãos: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.
Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”
. (Filipenses 4:8-9)

Esses são apenas exemplos, afinal, o verdadeiro adorador também luta constantemente para abandonar o orgulho, a vaidade exagerada e a constante murmuração. Por outro lado, faz parte do seu cotidiano o apreço pela leitura da Bíblia e as disciplinas de oração e comunhão.

Caso a nossa cultura em nada se diferencie com a percebida no mundo, estaremos falhando na essência de sermos aquilo o que o Senhor nos chama para ser. Tudo o que foi criado por Deus nasce com o propósito de proclamar a toda criatura que o Senhor é santo e digno de louvor.

Sabemos que estamos diante de um Deus que habita em um lugar alto e santo (Isaías 57:15), mas que também nos amou ao ponto de enviar o Seu único filho para que pudéssemos nos achegar diante d’Ele com o coração contrito e arrependido, as marcas de um verdadeiro adorador.

Jéssica Lima

Formada em Jornalismo, atua como revisora editorial, produtora de conteúdo para redes sociais e atua como jornalista na equipe editorial da Revista Renascer.

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