A memória da dor

Deus nos criou em perfeição. Tudo funciona em harmonia. Sendo assim, não podemos desprezar o privilégio de viver a plenitude aqui nessa terra. Fazemos isso quando aceitamos que as circunstâncias e as aflições que enfrentamos e enfrentaremos ditem o ritmo da nossa existência, fazendo com que apenas sobrevivamos, ao invés de viver bem e desfrutar de uma história escrita com perfeição.

A Palavra de Deus nos ensina que todos nossos dias foram escritos e determinados (Salmos 139:13), mas isso não tira o nosso direito de escolher a vida que vamos levar mediante o que conhecemos e cremos.

A ciência já comprovou através de estudos e pesquisas o que a Bíblia nos orienta, mas muitas vezes essa instrução passa despercebida. O nosso coração guarda crenças que podem destruir a vida, já o nosso cérebro é um processador do que você acredita.

Em Provérbios 4:23, lemos sobre “guardar o coração, porque dele procedem as fontes da vida”. No entanto, quando permitimos que mensagens erradas entrem em nosso coração, ficamos reféns de dores profundas e as lembranças sempre vão se voltar a um passado de traumas, um presente de desgosto e um futuro de desesperança.

Com tudo isso, deixamos de viver o melhor de Deus, porque escolhemos acreditar nas circunstâncias e não conseguimos dar continuidade e viver um propósito perfeito, mesmo que esse seja encontrado em meio à dor.

Quando pensamos que todas as coisas cooperam para os que amam a Deus, podemos entender que a dor deve carregar algum sentido e o inicial é o de amadurecimento. Através do sofrimento, você pode escrever mensagens lindas no seu coração com a certeza de que quem escreveu a sua história nunca falhou e nunca falhará.

Diante disso, o único que pode deslizar nesse caminho somos nós. Fazemos escolhas erradas, vivemos movidos por carências e nos distanciamos do amor perfeito. Deus nunca vai nos abandonar, mas nós abandonamos a Ele quando achamos que podemos decidir e controlar nossas dores.

O alívio está em Cristo e as memórias guardadas devem ser da plenitude do amor e não da destruição vinda pela dor. Aliás, como citado acima, a dor pode te construir em alguém melhor, ou te destruir e fazer você viver em um lugar de sofrimento. A escolha é sua, a decisão de entender e buscar o que Deus tem reservado para você é de sua responsabilidade.

Trazer a memória o que te traz esperança tira qualquer possibilidade de a dor tornar-se essência movedora da sua história. Temos a certeza que em Cristo somos mais que vencedores e n’Ele depositamos nossas dores e vivemos esperançados no amor.

Apagar memórias de dor é impossível, mas substituir pelo que pode transformar a sua vida é a possibilidade dada pelo meu e o seu Pai para que, dessa forma, você experimente o melhor dessa terra.

Portanto, escolha viver com memórias que te levem além e não seja o manual definidor da sua desesperança. Afinal, há esperança para quem acredita. Você é o único responsável por decidir e viver o que Cristo prometeu.

Jesus disse: “Eu vim, para que tenham vida e vida em abundância” (João 10:10).

Mariane Ferreira

Jornalista

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