Boa intenção ou chamar atenção?

imagem: envato

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Ajuda aos necessitados, oração e jejum fazem parte das práticas de justiça citadas por Jesus no Evangelho de Mateus. Essas práticas devem fazer parte da vida de todo cristão, porém, no chamado Sermão do Monte vemos um contraste importante entre a Justiça de Deus e a Justiça dos homens, além de uma clara advertência: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serem vistos por eles. ” (Mateus 6:1a).

Mas, como o crente deve praticar a justiça de Deus em sua vida? A resposta está no propósito! Em relação às esmolas, somos advertidos por Jesus a não fazermos como aqueles a quem Ele chamou de hipócritas que, ao divulgarem, estão buscando a glória de homens, porém a nossa busca deve estar na recompensa que Deus dá, pois está escrito que aquele que, em secreto, praticar tais coisas será recompensado pelo próprio Deus.

A respeito da oração não é diferente, ao invés de fazer orações de pé, nas igrejas e praças, como era o costume daquele tempo, a orientação de Jesus é o secreto. “Entra no teu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai, que está em secreto. Então, seu Pai que vê em secreto, o recompensará.” (Mateus 6:6).

O jejum também não deve ser divulgado, como faziam os fariseus que mostravam uma aparência de tristeza para serem vistos pelas pessoas. “No entanto, quando jejuar, unja a cabeça e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará. ” (Mateus 6.17-18)

O maior problema de toda obediência religiosa está no fato do ser humano buscar obter uma aparência exterior de justiça e de bondade diante das pessoas, com a mera intenção de serem vistos, elogiados e de receber aprovação dos outros.

A publicidade em torno do que fazemos é algo de grande destaque em nossos dias, principalmente devido ao uso de redes sociais onde, a busca por likes, visualizações e compartilhamentos se tornou uma disputa de níveis incalculáveis. Não é raro vermos publicações em que, ações de ajuda aos necessitados são divulgadas e, a justificativa pode estar no fato de se gerar mais ajudas por meio do exemplo. Entretanto, esse não deve ser o comportamento daqueles que conhecem a Palavra de Deus.

Todas as formas de manifestação de atos de justiça devem ser submetidas a uma autoavaliação, pois apenas são possíveis por meio da graça de Deus que nos foi dispensada em Jesus. Tudo que fazemos, fora d’Ele está contaminado pelo pecado (Isaías 64:6), portanto, toda a glória deve ser tributada a Ele, o único digno de honra e louvor, (João 15:5; 1 João 4:19).

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