Orgulho de pai

imagem: envato

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Quando meus filhos nasceram, a primeira coisa que fiz, depois de esgotar o filme de 36 poses da máquina fotográfica (sabia que você ia zoar…), foi correr pro cartório pra registrá-los. Nome escolhido, em poucos minutos estava com a certidão de nascimento nas mãos. Orgulho pouco era bobagem! Afinal, ali estava minha herança, meu legado, minha existência no planeta acabava de ganhar uma descendência, minha história não morreria mais comigo, pelo contrário, se estabeleceria de vez.

Eu poderia citar dezenas de adjetivos sobre a honra de ser pai, mas vou me limitar a divagar um pouco sobre este conceito, tentando ampliar a percepção do significado deste privilégio insubstituível. Começando pelos gênios, os “pais” das grandes invenções e detentores das ideias-mestre, dos protótipos das tecnologias modernas e dos paradigmas da ciência contemporânea.

Apenas para exemplificar, Leonardo da Vinci, gênio italiano nascido em 1452, é considerado o pai do helicóptero e do tanque de guerra. O brasileiro Santos Dumont, o pai da avaliação. Gutenberg, mundialmente reverenciado como sendo o pai da imprensa. Graham Bell, do telefone. Alan Turing, dos computadores modernos. Alexander Fleming, o pai da penicilina. Os irmãos Lumiére, os pais do cinema e, para não me estender muito, impossível esquecer Henry Ford, considerado o pai dos automóveis que conhecemos hoje. Todos estes homens gestaram suas ideias, fracassaram nas tentativas, mas insistiram, perseveraram na busca e terminaram sendo coroados pela história, deixando um legado sem o qual seria impossível imaginar a vida moderna. Não por acaso, seus nomes hoje figuram em cidades, praças, ruas e monumentos, afinal, sua contribuição para a o progresso e para a qualidade de vida de bilhões de pessoas hoje em dia, é inegável.

Outro exemplo são as igrejas. Se hoje podemos comemorar aniversários de congregações e ministérios consagrados, houveram aqueles que pagaram um preço, as vezes até com as próprias vidas, para que o Evangelho chegasse até nós. São chamados de “Pais” por causa do amor e zelo que tinham pela Igreja, continuando a obra iniciada pelos apóstolos de Cristo e por Paulo de Tarso, o zeloso plantador de igrejas no início da era cristã, autor da maioria dos escritos do Novo Testamento. Como não mencionar Policarpo, Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Justino, o mártir, Irineu de Lião, Origines, Tertuliano e tantos outros que se sucederam na árdua tarefa de difundir e preservar a doutrina do Mestre?

Ser pai é muito mais que ser o autor de uma ideia e dar origem a uma invenção revolucionária ou mesmo ser um precursor de uma grande obra. A estes é dado o nome de “Pai” porque talvez nenhum outro adjetivo possa abranger toda sua importância. Bem, por aí compreendemos a grandeza da paternidade e podemos talvez mensurar a grande lacuna que poderia existir, caso esta ilustre figura não existisse.

Captou a mensagem? Eu poderia destilar elogios, rasgar seda, até soar clichê, mas prefiro pensar no que seria do mundo ou da humanidade sem estas três figuras paternas: primeiro, o Criador da vida e provedor de salvação eterna, a quem se deve todo louvor e glória. Depois, os gênios proativos, a quem se deve o mérito. Aos mártires, a quem se deve a honra e gratidão. Enfim, aos bons pais e padrastos (contrariando o dito popular), por traduzirem em amor e esforço a mais nobre incumbência que um homem pode receber!

Que venham dias melhores, afinal…Deus é Pai!

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