Conflitos de gerações e os desafios enfrentados nas organizações

As organizações têm enfrentado grandes desafios, devido a nova inserção de profissionais de gerações diferentes das já existentes no mercado de trabalho: a Geração Y e Z. Com essa convivência de diferentes gerações, torna-se necessária a inovação, a criatividade e a flexibilidade nas tarefas.

Dessa forma, cabe a seguinte reflexão: como deverão ser os ambientes organizacionais para receberem as gerações futuras, que são a nova força de trabalho? E como manter essas diferentes gerações trabalhando juntas?

Nesse contexto, emerge a necessidade e a importância da liderança, que terá a função de identificar e conhecer essas diversas gerações. A evolução e o crescimento desses profissionais dependerão de uma atuação eficaz dos gestores em busca de um clima organizacional favorável, alinhado às metas das organizações.

Atualmente e nos próximos anos, esse é o desafio: manter as organizações e suas forças de trabalho motivadas e aguerridas, com o intuito de extrair as melhores habilidades e competências das pessoas pertencentes a cada uma das gerações, e como consequência, um melhor desempenho de todos.

Atualmente, há a possibilidade de quatro gerações diferentes estarem trabalhando juntas no mesmo ambiente empresarial. Veja:

Geração Características
Veteranos (1946) São pessoas mais rígidas; respeita regras; disciplinada, com valores conservadores, dedicada e fiel ao trabalho; estabilidade no trabalho; respeita hierarquia. Seu objetivo era começar a trabalhar e aposentar-se na mesma organização; esperava, pacientemente, por promoções e melhorias salariais e considerava que nada conseguiria sem muito sacrifício.
Baby boomers (1946 – 1964) Foram educadas para competir, trazida com muita disciplina, ordem e respeito pelos outros. Tem como valores predominantes, a lealdade à carreira, sucesso, realização e rejeição ao autoritarismo.
Geração X (1965 – 1977) Pessoas com visão empreendedora, foco nos resultados, habilidades para aprendizado, empreendedores, ambiciosos, imediatistas e domínio de novas tecnologias. Tem dificuldade em se manter no trabalho. Trabalham para viver, mas não vivem do trabalho; gostam do dinheiro, porém, procuram conciliá-lo com a vida pessoal, procurando o equilíbrio.
Geração Y (1978 – 1989) Almejam reconhecimento e recompensa pelos resultados obtidos. Não são leais as organizações e buscam a qualquer preço ascensão rápida de carreira. Não gostam de ficar muito tempo ocupando no mesmo local. São criativos, inovadores, detestam burocracia e hierarquia. Para eles os gerentes CEOS, presidentes e diretores da organização, merecem o mesmo respeito que seus colegas de trabalho.
Geração Z (1990 – 2010) Tem dificuldade com hierarquia, gosta de trabalhar onde consegue ter acesso ao gestor, quando surge um problema ou dúvida esperam ter acesso imediato ao seu superior. Conhecido como multitarefas, pois podem estar conectados na web, ouvindo música com fones de ouvidos, elaborando trabalhos e conversando com alguém que esteja próximo, realizando todas estas atividades ao mesmo tempo.

 

Essa diversidade de gerações é um fator favorável para as organizações, pois assim, o líder poderá somar competências para alavancar qualquer organização. Mas, é necessário que os líderes estejam dispostos a ouvir mais, permitir a criatividade e recompensar de maneira que esses colaboradores se sintam valorizados.

O líder precisa aprender com a sua equipe, pois a liderança é apenas uma habilidade de conduzir um grupo a fazer o que deve ser feito, e para isso é necessário utilizar as ferramentas adequadas para o alcance dos resultados.

Portanto, as organizações devem procurar mesclar as habilidades e competências de cada geração ou mesmo de cada indivíduo, como por exemplo, a experiência das gerações X e Baby Boomers com a inovação, criatividade e domínio das tecnologias presentes nas gerações Y e Z e ainda promover a integração e interação entre todos eles. Esse é o grande desafio!

Dielly Alves Rivas Parreira

Psicóloga, Especialista em Psicopatologia: subsídios para atuação clínica (Depressão, Transtornos de Ansiedade, Pânico, Alimentares, TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo e demais disfunção de comportamento). Pós-graduada em Gestão de Pessoas, Especialista em Desenvolvimento Humano e Psicologia Positiva e Formação em Coaching Executivo.

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