Burnout é uma palavra que descreve os casos de esgotamento e cansaço ocasionados pelo excesso de trabalho. Esse termo é conhecido como “síndrome do esgotamento profissional”, um distúrbio psíquico depressivo, precedido de esgotamento físico e mental intenso, relacionado ao estresse crônico. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Burnout é frequentemente associado a profissões que atuam na área da saúde, educação e segurança, pois exigem acentuada interação humana.
Uma das principais características do Burnout é o interesse pelo alto grau de desempenho, o que o faz medir a sua autoestima pela busca de realização e sucesso, cargas de trabalho estressantes e prolongadas. Assim, o indivíduo entra em sofrimento, deixando suas atividades particulares em segundo plano, tais como o lazer, momentos de descontração e atividades prazerosas e saudáveis, o que ocasiona a diminuição de interesses motivacionais, sonhos e autoconfiança.
Todavia, atualmente constatou-se um novo termo, o chamado Burn-on. Este, por sua vez, é mais silencioso, porém caracterizado pelo excesso de zelo, busca pela excelência e envolvimento sem limites, assim como o primeiro citado. O Burn-on conta com a presença de uma sobrecarga e marca o quadro em que uma pessoa se encontra à beira do colapso, porém procura manter uma aparência de produtividade e sucesso, mesmo enfrentando desafios, sente-se motivada pelos elogios do ambiente corporativo.
De acordo com a ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), o Burnout afeta cerca de 30% dos trabalhadores e vem confirmando uma alta nos diagnósticos, o que constata a relevância deste tema. É importante destacar, inclusive que no início, a pessoa realiza as suas atividades com satisfação e prazer, mas, ao decorrer do tempo, este se torna obstinação e compulsão.
A principal diferença entre estes conceitos está, então, no fato de que o Burn-on torna o trabalho o centro da vida, subestimando o cansaço e a fadiga emocional, se dedicando continuamente até a exaustão. Em ambos os casos, é essencial a autoavaliação e a autoconsciência, assim como a gestão de tempo e apoio psicológico (terapia), para alcançar uma mudança de mentalidade ao trabalhar a psicoeducação na busca de estratégias para estabelecer limites saudáveis, a fim de priorizar o autocuidado e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Nesse sentido, os sintomas mais comuns para estar em alerta são: intensas dores de cabeça, problemas digestivos, tremores, tonturas, distúrbios do sono, falta de ar, falta de concentração, irritabilidade, sentimento de frustração, bem como a diminuição da produtividade, baixa imunidade e até o isolamento social.
Assim, tanto o Burnout quanto o Burn-on são condições que exigem atenção e cuidado, pois afetam profundamente a saúde mental e física dos trabalhadores. Reconhecer os sinais de alerta e buscar estratégias para equilibrar a vida pessoal e profissional é fundamental para evitar que o trabalho se torne um fardo insuportável. A promoção do autocuidado e o estabelecimento de limites saudáveis são passos essenciais para prevenir o esgotamento e garantir uma vida mais equilibrada e satisfatória.