“Eu me deito e durmo em paz, porque o Senhor me faz viver tranquilo”. (Salmos 4:8).
Nos últimos dias, fui despertada algumas vezes entre 3:00 e 3:30 da madrugada. No entanto, sempre tive dificuldade em levantar e orar nesse horário. Na maioria das vezes, fazia uma oração rápida, ainda com a cabeça no travesseiro, e logo voltava a dormir.
Na madrugada de terça para quarta-feira, no dia 22 de janeiro, aconteceu novamente. Mas, dessa vez, senti claramente que o Espírito Santo não me deixou simplesmente orar deitada. Então, ajoelhei e falei com Deus. Minha oração não foi longa, mas no final perguntei: “Senhor, por que o Senhor tem me despertado todos os dias nesse horário?” E, com o coração aberto, finalizei dizendo: “Eis-me aqui, Senhor!” Nem percebi quando voltei para a cama e adormeci profundamente.
Na manhã seguinte, um homem veio fazer a poda de uma árvore em frente à minha casa. Enquanto ele trabalhava, entrei para organizar algumas coisas. Em certo momento, ele me chamou. Fui até o portão e o vi no alto da árvore. Ele pediu que eu amarrasse um facão em um fio que desceu. Fui rapidamente fazer isso. Tudo aconteceu num instante: enquanto eu me inclinava para amarrar o facão, ouvi seu grito: “Cuidado!”
Ele nem terminou a frase “Sai de baixo!”, e, antes que eu pudesse reagir, senti o peso do tronco da árvore caindo sobre minhas costas. De um lado, o facão afiado; do outro, eu, ferida, sob aquele peso. Assustada, percebi o sangue escorrendo: minha mão estava com um corte profundo, e meu braço machucado.
Fui levada às pressas para a emergência. Na cadeira de rodas do hospital, eu já não conseguia me mover e e meus filhos, aflitos, tentavam me ajudar. Mas Deus, que cuida de tudo nos mínimos detalhes, enviou o Seu socorro.
Minha filha olhou para o lado e viu uma pessoa muito especial: a Doutora Fernanda, médica e também irmã da nossa igreja. Ela estava de plantão naquele momento. Minha filha a chamou e ali mesmo, no corredor, ela começou a me atender.
A dor era intensa, meus olhos já lacrimejavam, eu mal conseguia falar ou me mover. A Doutora Fernanda me medicou imediatamente, e, aos poucos, fui voltando a me movimentar. Depois dos exames, foi constatada uma alteração no meu pulmão esquerdo. Permaneci em observação até aproximadamente 23:00 horas daquele dia, sempre acompanhada pelos meus filhos, que não saíram do meu lado.
Sou imensamente grata à Doutora Fernanda, que não apenas me atendeu com todo cuidado e atenção, mas, mesmo após seu plantão, ainda voltou para me ver antes de sair do hospital.
Segui com as medicações e os dias de observação em casa. Em seguida, iniciei as consultas com o pneumologista e o ortopedista, pois, quando escrevi este testemunho, ainda sentia algumas dores. Mas uma coisa eu sei: Deus é maravilhoso! Se estou aqui escrevendo este texto, é porque Ele me ama e ainda tem planos para minha vida.
Com tudo isso, aprendi também que da próxima vez que Ele me despertar de madrugada para orar, não ficarei deitada. Vou me levantar e orar direitinho. “Eis-me aqui, Senhor!”