A enxaqueca é uma doença crônica caracterizada por crises de dor de cabeça autolimitadas, devido a uma disfunção transitória do cérebro.
A dor geralmente localiza-se na região lateral da cabeça ou próxima aos olhos, pulsando como um coração com tanta intensidade que chega até a impedir as atividades cotidianas. Para piorar, pode ser acompanhada por enjoos ou vômitos, além de grande incômodo pela luz, barulho e esforço físico. A enxaqueca é um dos 150 tipos diferentes de dor de cabeça, que acomete cerca de 18% das mulheres e 6% dos homens no mundo.
As pessoas acometidas tem tendência a automedicação, principalmente pelo uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Com o tempo, é comum o fim da eficácia do remédio utilizado, levando tanto a trocas por medicações com maior risco de toxicidade, quanto ao uso exagerado de comprimidos. Para evitar este cenário, é importante procurar sempre a opinião de um especialista, que fará o diagnóstico baseado no histórico clínico e no exame físico, já que não há um exame complementar específico para esta doença.
Apesar de não existir cura, o tratamento permite melhora na qualidade de vida, sempre com o objetivo de diminuir a frequência e a intensidade das crises. Na maioria dos casos as dores podem ser controladas com a prática de hábitos saudáveis, como atividades físicas frequentes, rotina de sono e alimentação em horários regulares. Também é importante procurar diminuir situações de estresse, com inserção diárias de atividades que favorecem o relaxamento e o bem-estar. Para as mulheres com piora do quadro no período menstrual, a avaliação hormonal com o ginecologista é necessária.
Para os pacientes com dores resistentes, o médico pode entender que seja necessário o tratamento medicamentoso contínuo, baseado em remédios específicos, seguros para o uso diário, que vão ajudar no controle do cérebro modulando o mecanismo da dor.
Se você sofre com essa doença, é imprescindível procurar um médico neurologista, pois só ele tem condições de analisar cada caso e sugerir o melhor tratamento. Mas, mudar alguns hábitos já ajuda a reduzir o impacto das crises e trará um alívio nos sintomas, pois sentir dor nunca é normal, não é mesmo?