A parábola do filho pródigo conta sobre um homem que tinha dois filhos. Um dia o filho mais novo pediu sua parte da herança e foi embora para “curtir a vida”. O jovem gastou tudo em seus prazeres e acabou na pobreza. Depois houve uma fome no lugar onde ele estava e o único emprego que ele conseguiu para sobreviver foi o de cuidador de porcos, que eram animais considerados impuros pelos judeus (Lucas 15:14-16).
Nessa ocasião, o jovem ficou com tanta fome que até ficou com vontade de comer a comida dos porcos. Então, ele se lembrou da casa de seu pai, onde até os servos comiam bem. Ele se arrependeu, decidiu voltar para casa e pedir perdão a seu pai. Ele também pediu um emprego como um de seus servos (Lucas 15:17-19).
Quando o pai viu seu filho chegando de longe, ele correu ao seu encontro e o recebeu com alegria. O filho pediu perdão e tentou pedir um emprego, mas o pai o interrompeu, chamando os servos para trazer roupa nova para o filho e ainda lhe preparou uma festa (Lucas 15:22-24). O pai não estava zangado nem desiludido; ele estava feliz porque seu filho tinha voltado em segurança!
Quando o filho mais velho chegou do trabalho, a festa já tinha começado. Ele ouviu que seu irmão mais novo tinha voltado e, em vez de se alegrar, o irmão mais velho ficou zangado. Seu pai veio falar com ele e o filho explicou que ele sempre trabalhou e fez tudo para agradar seu pai sem receber nada em troca. Agora ele se sentia injustiçado porque seu pai tinha feito uma festa para o seu irmão irresponsável, somente porque tinha voltado para casa (Lucas 15:29-30).
O pai explicou que tudo que ele tinha pertencia ao filho mais velho. Mas, que a celebração era importante, porque antes era como se o filho mais novo estivesse morto e agora tinha voltado à vida! O pai não estava celebrando os erros do filho, mas sim sua mudança de vida (Lucas 15:31-32).
A mudança de mentalidade e de comportamento e o arrependimento foram essenciais na vida do filho pródigo. Ele teve problemas e encarou com um novo olhar a vida que tinha construído. Ele estava aberto à mudanças e também à possibilidade de não ser mais aceito como filho, e sim como servo de seu próprio pai. Muitas vezes, o ser humano tem dificuldade de mudar e se adaptar à novas coisas. Muitos gostam do habitual, daquilo que aprendeu e foi formatado. Essa é a mentalidade comum do ocidental, principalmente do latino, e isso muitas vezes faz com que pessoas extraordinárias cometam sempre os mesmos erros.
O filho pródigo também foi direcionado pela urgência, o que o fez não pensar direito e gastar toda a sua herança. Ele também teve que aprender a mudar rápido, devido a sua urgência em não mais passar fome. Muitas vezes é mais fácil ouvir a voz da urgência, porque ela é mais rápida. Não damos atenção ao que precisamos ouvir, mas sim àquilo que queremos ouvir, e isso acaba nos frustrando. Quando achamos que algo está demorando, Deus está nos ensinando a esperar, a ter paciência, saindo do nível da urgência e entrando no sobrenatural.
O ser humano está se direcionando pelo mesmo mal, que é a ansiedade e o imediatismo, e isso pode gerar grandes transtornos. Temos que saber escutar as pessoas, aprender a perdoar, estar aberto às mudanças e aceitá-las. Não podemos deixar o orgulho nos destruir, pois ele nos causa dano e muitas vezes nos faz viver em um isolamento. Precisamos desfrutar do melhor nessa terra, viver com mais leveza e ter comunhão com o nosso próximo. Temos que nos conectar, pois ninguém é uma ilha.
É necessário mudar a nossa mentalidade, aprender a ouvir outras vozes, outras opiniões, pois isso nos faz bem. Lembre-se que sempre é possível melhorar e fazer coisas diferentes. É possível ser melhor.
Acredite: pessoas bem-sucedidas investem o seu tempo e dinheiro, obedecem a voz do Espírito Santo de Deus e estão sempre abertas às mudanças. O momento da mudança na vida do filho pródigo foi quando ele caiu em si, abriu a mente, reconheceu sua realidade e decidiu mudar de vida e voltar para a casa do pai. Tudo o que ele precisava para ter essa nova vida era uma mudança de mentalidade.
Algumas vezes nossos maiores inimigos são as palavras que dizemos a nós mesmos. Nosso orgulho é tão grande que nos faz manter no erro ao invés de voltar atrás, reconhecer e levantar. Por isso, temos que vigiar o que falamos para nós mesmos. Pensar antes de falar, mesmo que aparentemente seja certo. Fale se for apenas para abençoar ou ajudar alguém.
Vença o sentimento de urgência, seja cuidadoso e assim como o filho pródigo, esteja aberto às mudanças em sua vida. Deus está te ensinando a ser paciente quando a vida está “com cara” de atraso. Ele está te ensinando a confiar n’Ele. Portanto, espere o tempo certo e trabalhe a sua mentalidade com o Espírito Santo de Deus.
Caso você erre, reconheça, não terceirize. Volte atrás, resolva. Volte a aliança dos relacionamentos desfeitos e desfrute da comunhão com os seus em Cristo Jesus!
Deus te abençoe!