Gente do céu, o ano novo já foi? Até uns dias atrás mal estava acreditando que já tinha chegado o natal novamente e a roda do tempo já girou de novo? E esse tal de futuro que está sempre chegando, mas ninguém vê? Bem, se tem que ser assim, então é hora de pensar no impacto que esta engenhoca do tempo tem sobre nós, certo?
A primeira coisa que me ocorre quando o calendário vira é o imenso vazio, a incerteza, a pergunta que nunca cala: o que terá acontecido no próximo ano, nesta mesma data, quando este ano que acaba de começar também já tiver expirado? Claro, o ano que acaba de virar trouxe muitas coisas pelas quais não podemos deixar de agradecer, mas só o fazemos pelo que recebemos, vivenciamos ou experimentamos. Entre ganhos e perdas, sempre sobra algo pelo que precisamos manifestar gratidão, ter mais histórias pra contar para nossas futuras gerações. Esta é a ordem natural das coisas, receber e louvar, usufruir e reconhecer, acumular e demonstrar satisfação. E quanto a ter um futuro, esperança, expectativa, favorabilidades, já seriam vantagens que nem todo mundo tem e, por isso, passíveis de agradecimentos só por serem possibilidades? Pense bem, o que de bom aconteceu e pelo que agradecemos hoje, um dia não foram sonhos, planos e aspirações? Parece estranho agradecer pelo “ainda nada”, mas ter energia, fé e fertilidade para novos projetos e, consequentes florescimentos e frutos, já não são razões para aplaudir de pé?
É bem verdade que o mundo anda em crise, principalmente de credibilidade. Para além das pessoas, os sistemas, os governos, as promessas, tudo é motivo para desconfiança, para um pé atrás, para um olhar enviesado de suspeição. Sinal dos tempos. As intenções e motivações ficam atrás da porta, à espreita, e uma hora nos prega um susto daqueles. Talvez por isso também haja tanto pessimismo. Entretanto, se conseguirmos substituir essa desconfiança pela expectativa boa, isto não vai nos motivar a investir energia em nossas perspectivas?
Não me interprete mal, não estou falando da lei da atração, mas de fé. Esse combustível poderoso para as realizações por si só já é uma forma de poder pelo qual devemos agradecer. Olhar por céu e ser grato pelo que vai chegar, como o profeta que viu um minúsculo sinal no céu e sabia que choveria em abundância. Tipo gravidez, semente germinado no seio da terra, uma hora nasce, uma hora brota. Temos que aprender a sermos gratos, não só pelo que contabilizamos (isto já seria louvável porque muita gente nem isto faz), mas sermos agradecidos pelo que está por vir.
Raciocina comigo: se cremos num Deus justo e bom o tempo todo, que é fonte de toda bênção, que tem prazer em abençoar os filhos, que jamais trai a confiança de quem n´Ele confia, que provê, que cuida… não seria pelo menos razoável que o louvássemos e agradecêssemos só pensando na fidelidade dele a nosso respeito e pelas certezas que este incondicional amor por nós vai nos proporcionar vida afora, neste novo ano e em todos os vindouros?
Se você é mãe ou pai, já experimentou o prazer indescritível de ouvir dos filhos no momento da providência: eu tinha certeza que podia contar com você! Pense nisto, diga ao ano novo: “Obrigado por chegar à minha vida carregado de possibilidades. Graças a Deus estou cheio de fé e esperança. Tenho certeza que ano que vem, neste mesmo tempo, estarei contabilizando as incontáveis bênçãos que vieram… e eu ainda nem sabia!”