Os frutos do arrependimento

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”. (Mateus 3:8).

O versículo acima especificado diz respeito ao período em que João Batista, preparando o caminho do Senhor, pregava no deserto acerca do arrependimento, enquanto batizava aqueles que confessavam seus pecados no rio Jordão.

Como é conhecido, ao perceber que havia no meio da multidão muitos fariseus, João Batista os advertiu severamente dizendo: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”.

Para o correto entendimento do tema proposto, é importante refletirmos no que João Batista pretendeu com sua admoestação. Relembremos que os fariseus eram líderes religiosos muito conhecidos pela sua hipocrisia e autojustiça.

Naquela época, existia na região um tipo particular de serpente, facilmente encontrada pela sua cor e tamanho. Além disso, essa víbora poderia ser confundida com um graveto, mas que ao  ser tocada, de forma traiçoeira ela atacava e feria. Assim também eram os fariseus que, mesmo infiltrados na multidão, não tinham um coração quebrantado e nem tampouco  buscavam pela Justiça do Reino de Deus.

Nesse contexto é que João Batista os repreendeu, dizendo-os que, para fugir da ira vindoura, deveriam produzir frutos de arrependimento.

Mas, como pode ser isso? O que é fruto de arrependimento? É, pois, o resultado visível e prático na vida de alguém que, genuinamente, se arrependeu de seus pecados em busca de redenção. Trata-se de uma mudança de mentalidade e conduta sinceras.

Ao discorrer sobre o assunto, o pastor americano Dr. Steven Lawson comenta  sobre uma mudança de direção que leva ao arrependido ao se afastar, gradualmente, do pecado em direção a  Cristo, com humildade e um coração sincero.

O fruto do arrependimento não se confunde com tristeza pelo pecado. Isto é, o simples fato de ficarmos tristes com uma conduta pecaminosa não necessariamente significa que nos arrependemos dela. No entanto, um coração quebrantado é parte do processo que leva alguém a produzir o verdadeiro fruto de arrependimento.

Em 2 Coríntios 7, o apóstolo Paulo fala sobre dois tipos de tristeza, sendo uma a que leva à morte e outra a que leva ao arrependimento que produz salvação.

Portanto, os frutos do arrependimento envolvem atitudes de abandono do pecado e uma prática baseada na Palavra de Deus de forma diária, testemunhando a santidade de Cristo através de suas ações.

Rodrigo de Jesus Sousa

Presbítero na Igreja Batista Renascer, advogado e assessor junto à Câmara de Legislação e Normas do Conselho Estadual de Educação de Goiás – CEE/GO. Twitter: RoderichJS / Instagram: @rodrigo_esther15

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