Síndrome de Burnout

imagem: envato

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Sobrecarga de trabalho, metas inatingíveis, condições de trabalho inadequadas, baixo reconhecimento profissional, cobranças por produtividade, conflitos interpessoais ou medo de perder o emprego são alguns dos fatores que contribuem para o adoecimento do trabalhador.

Burnout é uma palavra inglesa utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão. O Ministério da Saúde (2002) define a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, como um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no ambiente de trabalho. Inclusive, a próxima Classificação Internacional de Doenças (CID-11) irá incluir a Síndrome de Burnout como um “fenômeno ocupacional”, por determinação da Organização Mundial de Saúde.

A Síndrome é constituída por três dimensões: exaustão emocional – ocorre na medida em que há a carência de energia, entusiasmo e o sentimento de que os indivíduos já não têm mais condições de enfrentar os estressores aos quais estão submetidos no trabalho. Despersonalização – seria o distanciamento afetivo e pessoal promovido pelo indivíduo, podendo ser constatado por meio de comportamentos e atitudes negativas, cinismo e indiferença do indivíduo com os outros. Realização profissional – afeta a sua habilidade de realização e falta envolvimento pessoal no trabalho.

Os sintomas podem ser de cunho psicossomático, psicológico e comportamental e geralmente produzem consequências negativas nos níveis individual, profissional e social.  O tratamento é essencialmente psicoterapêutico, podendo haver atendimento com o médico, caso o trabalhador apresente problemas biofisiológicos, como: alergias, úlceras, insônia, cefaleia, alteração da pressão arterial, problemas cardíacos, abuso no uso do álcool e medicamentos, entre outras intercorrências. Algumas atividades profissionais são mais propensas ao seu desenvolvimento, como trabalhadores da educação, da saúde, policiais, assistentes sociais e agentes penitenciários.

Gostaria de destacar também o modo como alguns pastores têm desenvolvido suas atividades na igreja, e como o excesso de dedicação às múltiplas atividades pode ser um perigo para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Pastores, muitas vezes, além de trabalhar na igreja, realizam viagens e visitas, tem a sua profissão e atendem as suas obrigações quanto às suas famílias, não restando tempo para dedicar a si mesmo e descansar.

Alguns pastores não conseguem dizer não às solicitações dos irmãos ou dos líderes, e a orientação bíblica quanto ao descanso, muitas vezes não é seguida. Não é à toa que temos ouvido falar cada vez mais em suicídio entre pastores.

É interessante destacar que um dos sintomas da Síndrome de Burnout são episódios depressivos, que muitas vezes são confundidos com a própria depressão, apesar de não ser.

Veja algumas ações que podem ser tomadas para a prevenção do Burnout: manter hábitos saudáveis quanto a alimentação; sono; programar melhor o dia (gestão do tempo) utilizando o tempo livre para o lazer e não preenchê-lo com mais trabalho; organizar o ambiente de trabalho para gerar conforto e bem-estar; desenvolver talentos pessoais; aprender a dizer não; praticar técnicas de relaxamento e exercícios físicos; buscar apoio social, cultivando o relacionamento interpessoal; psicoterapia individual.

Portanto, cuide de sua saúde emocional e tenha uma melhor qualidade de vida!

“Trabalhe seus dias, mas descanse no sétimo; tanto na época de arar como na da colheita”.

(Êxodo 34:21).

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